domingo, 19 de dezembro de 2010

Se o Meu Povo Orar

por pastor Geraldo Carneiro Filho

I – INTRODUÇÃO: 

· Jn 2.1-10 – Jonas foi um profeta muito diferente; não ficou conhecido pela sua mensagem, mas, sim, pela sua experiência. Qual o papel da oração (ou da falta dela) na experiência deste profeta de Deus? Quando ele deixou de orar, houve Rebeldia, Queda, Insensibilidade, Sofrimento. Mas.... 

· ... QUANDO JONAS OROU... - Foi ouvido, Foi ajudado, Foi transformado, Foi salvo. 

· DEUS QUER OUVIR NOSSA ORAÇÃO! AQUELE QUE GOVERNA O CÉU, A TERRA E O MAR NÃO SE ESQUECEU DE NENHUM DE NÓS! 

II – SE O MEU POVO NÃO ORAR... 

· Ex 34:15-16; Dt 18:9-12 cf I Rs 16:29-33 – Eis aí alguns dos males da cultura cananita sobre os quais Deus já havia alertado ao povo de Israel. 

· Tomando como base a passagem bíblica do profeta Elias versus os profetas de Baal, podemos observar que a situação de Israel era calamitosa. O povo de Israel não orava: às vezes seguia a Baal; outras vezes, a Jeová. Da mesma forma, se o povo de Deus não orar, o mesmo que aconteceu naquele período de crise, poderá vir sobre o arraial do povo santo do Senhor. Observemos, o que nos diz o Senhor: 

1) SE O MEU POVO NÃO ORAR, POLITICAMENTE, A SITUAÇÃO SERÁ ASSUSTADORA – O rei era Acabe, um dos reis mais ímpios; ele reinou durante 21 anos (918-897 a. C.); sua esposa era Jezabel, a mulher mais ímpia da história israelita. Como rainha, ela tomava parte ativa ao lado de Acabe, conduzindo o rei aos maiores absurdos, era uma pessoa desumana, dominadora, que exerceu uma influência poderosa sobre Acabe e sobre a nação. Ela mandou construir um templo para Baal em Samaria e sustentava um grande número de profetas de Baal e de Asera para praticar e promover essa religião. Ela também matou um grande número dos profetas do Senhor (veja I Reis 16:32; 18:4 e 19). 

· A adoração de Baal era extremamente sedutora para Israel. A fim de estimular os deuses a tornar a terra fértil, os sacerdotes, os prostitutos cultuais dos dois sexos e os adoradores tomavam parte em orgias sexuais, depois de entrar em um frenesi extático por meio de vinho e danças. Israel, como uma sociedade agrícola, achava necessário seguir as práticas das nações vizinhas para garantir colheitas abundantes. 

2) SE O MEU POVO NÃO ORAR, SOCIALMENTE, O PAÍS VIVERÁ NUM CLIME DE CATÁSTROFE - Por causa da seca, não havia lavoura e o povo vivia em miséria, em extrema fome. A viúva que sustentou Elias estava para preparar o último pão para si e para o seu filho e, depois, morrerem. 

3) SE O MEU POVO NÃO ORAR, ESPIRITUALMENTE, A SITUAÇÃO FICARÁ ESCURÍSSIMA – Meditemos: 



(A) - A rainha Jezabel era a protetora oficial da idolatria no país; 

(B) O povo israelita coxeava entre dois pensamentos e, como cego, rumava, sem nenhuma resistência à idolatria; 

(C) Os fiéis eram perseguidos e Jezabel mandava matar todos os profetas de Deus que encontrava (I Rs 18:4) 

(D) Havia ainda 7000 no meio do povo, que não tinham dobrado os seus joelhos perante Baal (I Rs 19:18). Todavia viviam escondidos, sem forças para impor alguma influência espiritual sobre o povo. 

III – PORÉM, SE O MEU POVO ORAR... 

· Na situação acima descrita, Deus começou a agir, mandando um despertamento. 

· ANTES DO SENHOR DEUS COMEÇAR A AGIR, O ALTAR PRECISA SER RESTAURADO - O fogo do céu só cai se o altar estiver perfeito para oferecer-se sacrifícios pelos pecados do povo. 

· A ORAÇÃO DE ELIAS FOI A CHAVE QUE FEZ O SENHOR DEUS ABRIR O CÉU PARA O FOGO DESCER - Quando tudo estiver em ordem na nossa vida, teremos confiança e ousadia para pedir que Deus mande o despertamento (I Rs 18:37 cf Zc 10:1 cf At 2:1-4). 

· Desta forma, assim diz o Senhor: 

1. SE O MEU POVO ORAR, COMEÇAREI A USAR INSTRUMENTO OBEDIENTE - (I Rs 18:1-2, 8, 15-19) - Deus sempre precisa de instrumentos dispostos a se entregar a Ele para o bem espiritual do povo. 

2. SE O MEU POVO ORAR, FAREI MANIFESTAR A ABSOLUTA INSUFICIÊNCIA E INCAPACIDADE DE “BAAL”, DE “ASERÁ”, DOS SEUS SACERDOTES, DO REI ACABE E DA RAINHA JEZABEL - A obediência de Elias abriu a oportunidade para o povo conhecer que nenhum deles podia atendê-lo em nada. Eram totalmente incapazes. Quando o povo de Deus ora, o Senhor começa a agir, abre-se a mente do povo, que começa a compreender a fraqueza e a insuficiência dos seus “deuses” e começa a sentir sede do Deus vivo (Sl 42:1-2). 

3. SE O MEU POVO ORAR, SABERÁ QUE SÓ EU, O SENHOR, SOU DEUS E NÃO PRECISO DE AJUDA HUMANA PARA MANDAR FOGO DIVINO - Quando o sacrifício e a lenha estavam em cima do altar, Elias mandou deitar água de modo que esta corria ao redor do altar. Hoje em dia, aparecem muitos que querem “ajudar a Deus” para uma manifestação mais rápida do fogo do céu. Isso faz aparecer fogo estranho, pois o fogo quando é de Deus, independe de ajuda humana. QUANDO O FOGO DESCEU, O POVO FOI DESPERTADO E RECONHECEU QUE SÓ O SENHOR É DEUS. 

4. SE O MEU POVO ORAR, EU CONSUMIREI O SACRIFÍCIO COM FOGO - Deus havia aceitado a oferta pelo pecado do povo. 

1. SE O MEU POVO ORAR, O MEU FOGO FARÁ O MEU POVO MUDAR DE OPINIÃO - (I Rs 18:39 cf At 2:37) - Só quando o fogo do Senhor Deus se faz presente é que os pecados ocultos aparecem! 

2. SE O MEU POVO ORAR, O MEU FOGO DARÁ FORÇAS AO MEU POVO PARA QUE A IDOLATRIA SEJA EXTERMINADA - Foi o próprio povo quem executou o castigo de Deus sobre a idolatria, conforme o Senhor Deus determinou na Sua Lei (Ex 22:18; Dt 18:9-14). 

IV – CONSIDERAÇÕES FINAIS: 

· I Rs 18:41-46 - O dia emocionante ainda não havia terminado: Elias orou sete vezes sob um céu sem nuvens! Sua fé se apegou aos atos passados de Deus – a seca, o fogo, a promessa de trazer chuva (18:1). A fé se alimenta das lembranças do guiar de Deus no passado. Uma pequena nuvem foi suficiente para convencer Elias de que um dilúvio estava vindo. Apesar do jejum de um dia inteiro, Elias correu com força sobre-humana para guiar a carruagem de Acabe através da chuva. 

· II Cr 7:13-14 - Existe uma chave para destrancar os céus, mas o povo não a conhece, porque seus líderes deixaram de ensinar-lhes: O mais poderoso recurso do cristão é a comunhão com Deus pela oração. Os resultados costumam ser maiores do que achamos possível. 

· Se orarmos, reconheceremos que o poder de Deus é infinitamente maior que o nosso e que faz muito sentido contar com ele, especialmente porque Deus nos encoraja a fazê-lo. 



FONTES DE CONSULTA: 

1. Lições Bíblicas - CPAD - 3º Trimestre de 1981 - Comentarista: Eurico Bergstén 

2. Dicionário Bíblico Universal - Editora Vida - A. R. Buckland 

3. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia - Editora e Distribuidora Candeia - R. N. Champlin e João M. Bentes. 

4. Estudo Bíblico “UMA ORAÇÃO NO FUNDO DO MAR” - Pr. Marcelo Rodrigues de Aguiar 




segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Quando o Crente Não Ora.


Por pastor Geraldo Carneiro Filho


I – INTRODUÇÃO:
· “FINDAM AQUI AS ORAÇÕES DE DAVI, FILHO DE JESSÉ” – Sl 72:20 – Há momentos onde parece que as orações chegam ao fim. No caso de Davi, cessaram porque ele morrera. Mas, muitas coisas existem aqui na terra que colaboram para que nossas orações se interrompam ou cessem.

II – MOTIVOS QUE FAZEM A ORAÇÃO CESSAR: 

· (1) – QUANDO, EM NOSSO CORAÇÃO, ESTÃO PRESENTES AS MENTIRAS, AS FRAUDES, O ÓDIO – Sl 109:1-7 – Não adianta estarmos cheios de ódio para com o nosso irmão e irmos para a reunião de oração louvarmos a Deus. Vamos à reunião, mas para buscarmos solução par tal sentimento. Se estamos vivendo uma vida de mentiras, vamos à oração e peçamos para Deus trazer consciência ao nosso coração, pois de outra maneira, nossa oração é afronta a Deus.

· (2) – QUANDO TEMOS UMA OSTENSIVA ATITUDE DE DESOBEDIÊNCIA À LEI DE DEUS – Pv 28:9 – A oração daquele que, deliberadamente, desobedece à Palavra, se torna abominável. Existem pessoas que adulteram, sabendo que estão fazendo algo que a Bíblia recrimina; ao invés de procurarem auxílio, aconselhamento, preferem vestir uma “capa” religiosa na Igreja. Estas orações são abomináveis a Deus.

· (3) – QUANDO A ORAÇÃO NÃO É ORAÇÃO, MAS APENAS UM DESEMPENHO DE SANTIDADE APARENTE – Mt 6:5-6 – Há pessoas que ensaiam orações, que programam como vão falar. Isso não é oração; é um desempenho.

· (4) – QUANDO A ORAÇÃO É APENAS UM FALAR MECÂNICO – Mt 6:7-8 – Um certo crente costumava acordar às 5 horas com sua esposa para orar. Era tão bom, que resolveu ampliar o costume para toda a família. Os rapazes e moças acordavam para este momento, mas nem todos estavam imbuídos do desejo de orar, alguns preferindo continuar na cama. Numa bela manhã, o telefone tocou bem perto de um daqueles que estavam ali apenas no corpo, mas com a mente longe. Ele, mecanicamente, pegou o telefone e, ao invés de dizer: “Alô?”, disse: “Nosso Deus, nosso Pai...”. A ORAÇÃO TEM QUE SER ESPONTÂNEA!

· (5) – QUANDO A RELAÇÃO FAMILIAR PROMOVE A DISCÓRDIA – I Pe 3:7 – Há maridos que batem nas esposas, que são ríspidos e indiferentes com os filhos, ou então, há esposas lamuriosas, depressivas, opressoras dos seus maridos e filhos. Nesses lares, a oração é interrompida.

· (6) – QUANDO A VIDA ESTÁ DOMINADA PELA IMPUREZA – I Pe 4:3, 7 – Há homens e mulheres que se dizem servos de Deus, que são pastores ou líderes, mas que, na verdade, usam de sua influência objetivando satisfazer seus próprios prazeres. A Palavra diz que o fim destas coisas está próximo e que devemos ser criteriosos pelo bem das nossas orações.

· (7) – QUANDO HÁ CULPA NO CORAÇÃO – Sl 51:3 – Há pessoas que vivem inventando mentiras e depois não sabem como se livrar delas. Toda vez que vão orar, o diabo lança-lhes em rosto: “Você é um (a) mentiroso (a), enganador (a)”. E assim, não conseguem nem se abrir para Deus e pedir-Lhe ajuda. O diabo quer usar nossas culpas para cessar nossas orações. Porém, com culpa ou sem ela, devemos orar sempre.

III – CONSEQUENCIA DE NÃO VIGIAR: 

· (1) - QUANDO NÃO VIGIAMOS, SOMOS ENGANADOS - Js 9:1-16 – A perfeita vontade de Deus era que o povo eleito tomasse posse da terra prometida na sua totalidade. Isso somente seria possível através da destruição total das sete nações ali existente. Todas elas são descritas com o prefixo “EU” – Js 3:10. Entretanto, isso não aconteceu, pelo menos na prática.

· Js 9:4, 22 – Os gibeonitas visaram expressamente prejudicar o povo de Deus, levando-o à desobediência (Dt 7:1-5). Com efeito, houve desobediência dos dois lados: Os gibeonitas enganaram usando a astúcia; os israelitas porque não pediram conselho à boca do Senhor, em especial ao sumo-sacerdote Eleazar (Js 9:14; Nm 27:21).

· Entre nós, há também os gibeonitas atuais. São:

· (A) – OS FALSOS IRMÃOS – II Cor 11:26;

· (B) – NO MINISTÉRIO, SÃO OS LOBOS CRUÉIS E OS OBREIROS FRAUDULENTOS – At 20:29; II Cor 11:13.

· Essa gente nunca está satisfeita com coisa alguma. Estão sempre do lado dos “RACHADORES” (Js 9:21), que procuram rachar o corpo do nosso Senhor Jesus Cristo, que é a Sua Igreja – Cl 2:19; Jd 19.

·

· (2) – QUANDO NÃO VIGIAMOS, O ENGANO SE ALASTRA – I Tm 4:1 – Estamos vivendo dias perigosos em que o mundo está invadido de espíritos enganadores e doutrinas de demônios. Isso tem tornado as coisas tão parecidas que, não for um discernimento do Espírito Santo em nossa visualização de aquilatar as coisas de Deus e os movimentos paralelos, seremos enganados também (Mt 24:5, 11).

Uma vez por outra, aparece um Jacó disfarçado de Esaú – Gn 27:18-24

O disfarce pode ser praticado por pessoas de ambos os sexos e idade. Por exemplo:

(A) – PODE SER UM SENHOR JÁ IDOSO – Gn 12:10-20;

(B) – PODE SER UMA MULHER JOVEM – Gn 38:14;

(C) – PODE SER UM SERVO – II Rs 5:20-27;

(D) – PODE SER UM REI – I Sm 21:13;

(E) – PODE SER UMA RAINHA – I Rs 14:1-6;

(F) – PODE SER UM PRÍNCIPE – II Sm 12:1-5;

(G) – PODE SER UMA PRINCESA – I Sm 19:12-17;

(H) – PODE SER UM CRENTE, EM SENTIDO GERAL – At 5:1-10;

(I) – PODE SER UM OBREIRO – Lc 22:48

Entretanto, o engano não traz à criatura humana nenhuma recompensa. Quem engana, sempre é enganado – II Tm 3:13

(3) – QUANDO NÃO VIGIAMOS, SEREMOS ENGANADOS PELA FALSA HUMILDADE – Js 9:13 – Vejamos algumas características com respeito à falsa atuação dos gibeonitas:

· (A) – FINGIRAM PROPÓSITOS PACÍFICOS, OFERENCENDO ALIANÇA – Js 9:6;

· (B) – FINGIRAM SUBMISSÃO – Js 9:8;

(C) – FINGIRAM PIEDADE – Js 9:9

O apóstolo Paulo falou-nos de pessoas que tem quase as mesmas características em nossos dias, dizendo: - “Tendo a aparência de piedade, mas negando a eficácia dela” – II Tm 3:15. E concluiu: - “Confessam que conhecem a Deus, mas negam-no com as obras” – Tt 1:16a.

A falsa capa da religião não assegura entrada no reino de Cristo, mas, sim, o branquejar das vestes no sangue do Cordeiro! – Apc 22:14.

QUANDO NÃO VIGIAMOS, OS INIMIGOS PASSAM A CONVIVER CONOSCO – Js 9:22 – A partir daí, Israel passou a conviver com um “corpo estranho” no seio da comunidade. Nos dias pós-cativeiro, esta mistura ainda continuava convivendo com Israel – Ed 2:70; Ne 7:73.

Em conseqüência de sua precipitação, fizeram os israelitas uma comprometedora aliança com os moradores de Gibeon. E, desta aliança, advieram males e transtornos para o povo de Israel.

De igual modo, se não vigiarmos, poderemos cair nas mesmas ciladas. E, comprometidos, espiritual e socialmente, não seremos capazes de desempenhar com dignidade o ministério que nos confiou o Todo-Poderoso.

Os gibeonitas continuam a semear enganos e embustes no arraial dos santos. São embustes e enganos tão sutis que somente poderão ser discernidos por aqueles que se mantém ligados ao céu. Vigiemos, pois.

IV - CONSIDERAÇÕES FINAIS
:

O cristão que não ora, pensa que pode resolver tudo sozinho, como tomar decisões, comprar, vender; etc, tornando-se independente de Deus. Mas, lembremo-nos: O erro de Israel foi que “NÃO PEDIU CONSELHO À BOCA DO SENHOR”. É perigoso agir apressadamente e chegar a uma decisão sem ter tempo para orar e esperar em Deus.

George Müller foi consultado por um homem que recebera a oferta de um negócio que prometia grandes lucros: - “Preciso dar uma resposta dentro de uma hora”, disse o homem. O Sr. Müller respondeu: - “ENTÃO A RESPOSTA É NÃO, POIS AQUILO QUE NÃO DEIXA TEMPO PARA ORAÇÃO, NÃO PODE ESTAR CERTO”.

Portanto, nada façamos sem oração. Em primeiro lugar, consultemos o Senhor. Se Ele disser sim, que seja sim. Mas, se a resposta for negativa, sejamos obedientes para que não soframos as conseqüências de nossa precipitação e imprudência.



FONTES DE CONSULTA:

 Lições Bíblicas CPAD – 1º trimestre de 1992 – Comentarista: Severino Pedro da Silva

· Fábio, Caio – 70 Esboços de A a Z – Vinde Comunicações