segunda-feira, 18 de julho de 2011

Qual era o projeto original do Reino de Deus?



Não nos iludamos com a aparente fraqueza da presença do reino dos céus no mundo. Parece estarmos em franca derrota diante do inimigo. O mundo parece estar melhor equipado para a guerra. O mal aparentemente está vencendo, pois o número dos que seguem Cristo é bem menor. Mas isso não significa que o mal há de vencer e que seremos derrotados.

O reino de Deus já tem domínio sobre todas as coisas, mas só ao final ele será plenamente consumado e poderemos ver quem realmente somos, como povo de Deus. O fato de não sermos maioria e de sermos perseguidos, não deve nos desanimar. Chegaremos enfim ao tempo quando o reino de Deus será único e nada haverá além dele.

 DEFINIÇÕES DA PALAVRA "REINO"

1º) TERRITÓRIO OU POVO QUE É GOVERNADO POR UM REI (II Rs 15:19);

2º) O GOVERNO SOBERANO QUE DEUS EXERCE SOBRE O UNIVERSO (I Cr 29:11; Sl 22:28; 145:13; Mt 6:13); e

3º) A SOBERANIA QUE DANIEL PROFETIZOU QUE DEUS ESTABELECERIA NA TERRA PARA SEMPRE (Dn 2:44; 7:13-14). ESTA DEFINIÇÃO É NO SENTIDO ESCATOLÓGICO E SE APLICA PARA A EXPRESSÃO REINO DOS CÉUS.

 DEFINIÇÕES E DIFERENÇAS ENTRE AS EXPRESSÕES “REINO DE DEUS” e “REINO DOS CÉUS”:

Mateus, que se dirige aos judeus, na maioria das vezes fala em REINO DOS CÉUS;

Marcos e Lucas falam em REINO DE DEUS, expressão essa que TEM O MESMO SENTIDO DAQUELA, AINDA QUE MAIS INTELIGÍVEL PARA OS QUE NÃO ERAM JUDEUS (Mt 5:3 comparar com Lc 6:20; Mt 11:11 comparar Lc 7:28).

O emprego de REINO DOS CÉUS em Mateus certamente é devido à tendência, no judaísmo, de evitar o uso direto do nome de Deus.

Logo, podemos fazer uma MUITO PEQUENA E MÍNIMA DIFERENÇA entre as expressões REINO DE DEUS e REINO DOS CÉUS; DIFERENÇA ESSA QUE ESTÁ SITUADA NO CAMPO ESCATOLÓGICO:

1) REINO DE DEUS = CÔMPUTO DE TODAS AS BÊNÇÃOS, PROMESSAS e ALIANÇAS QUE DEUS DESTINOU AOS QUE RECEBEM A CRISTO JESUS. O REINO DE DEUS NÃO É APENAS UM LUGAR; É UM ESTADO DE IMENSURÁVEIS BEM-AVENTURANÇAS.

1.1) REINO DOS CÉUS = ESTADO(TERRITÓRIO) CELESTIAL CUJO GOVERNANTE MÁXIMO É DEUS. NESSA PERPECTIVA, O REINO DE DEUS (AS BEM-AVENTURANÇAS) FAZ PARTE DO REINO DOS CÉUS. O REINO DOS CÉUS É MAIS LUGAR DO QUE ESTADO DE ESPÍRITO; É MAIS INSTITUIÇÃO DO QUE ETERNIDADE. É O LUGAR (ALGO VISÍVEL) PARA ONDE VÃO OS BEM-AVENTURADOS.



2) O REINO DE DEUS É ESPIRITUAL, INTERIOR E INVISÍVEL. É DEUS DOMINANDO E REINANDO NAS NOSSAS VIDAS E EM TUDO (Rm 14:17 comparar com Lc 17:20-21)

2.1) O REINO DOS CÉUS É DISPENSASIONAL, FÍSICO, VISÍVEL E EXTERIOR. TERÁ SUA MANIFESTAÇÃO PLENA E TOTAL NO MILÊNIO. É O REINO QUE SERÁ REGIDO POR JESUS (O DESCENDENTE DE DAVI SEGUNDO A CARNE) E QUE TEM COMO ALVO O ESTABELECIMENTO DO REINO DE DEUS (AS BEM-AVENTURANÇAS EM SUA PLENITUDE) SOBRE A TERRA (Lc 1:31-33)



3) O REINO DE DEUS JUNTAR-SE-Á (NO SENTIDO DE MESCLAR) COM O REINO DOS CÉUS QUANDO DEUS-FILHO  ENTREGAR O REINO A DEUS-PAI (I Cor 15:24-28 comparar com Apc 1:5-6; 5:9-10) - OBS:- A palavra "REIS" simboliza AQUELES QUE SÃO PARTICIPANTES DO REINO DOS CÉUS; SÃO OS BEM-AVENTURADOS

3.1) O REINO DOS CÉUS (PRESTAR ATENÇÃO POIS LUCAS USA A EXPRESSÃO REINO DE DEUS) É UNIVERSAL INCLUINDO AS CRIATURAS VOLUNTARIAMENTE SUJEITAS À VONTADE DE DEUS, SEJAM OS ANJOS, A IGREJA OU OS SANTOS DO PASSADO E DO FUTURO (Lc 13:28-29 (ALGO VISÍVEL; EXTERIOR) comparar com Hb 12:22-23).


 HÁ TRÊS TEMPOS EM RELAÇÃO AO REINO DE DEUS:

1º) PASSADO - Mt 3:1- O REINO estava chegando porque Jesus estava para ser introduzido no mundo e Ele estabeleceria o reino de Deus nos corações dos homens (Mt 4:14; 10:7; 12:28; Mc 1:1415);

2º) PRESENTE - Jo 3:16 - Deus não mudou. Ele ainda está construindo o reino de Deus nos corações das pessoas (I Pe 3:8-11); e

3º) FUTURO - O Reino de Deus (PARTE INVISÍVEL, ESPIRITUAL, INTERIOR)se MESCLARÁ com o Reino dos Céus (PARTE FÍSICA, VISÍVEL, EXTERIOR) NA SEGUNDA VINDA DE CRISTO (Mt 6:10) - Quando assim oramos estamos, essencialmente, orando por duas coisas:

A) O DOMÍNIO DE DEUS NOS CORAÇÕES (OU REINO DE DEUS); e

B) PELA VOLTA DE JESUS PARA IMPLANTAÇÃO DO REINO DOS CÉUS NA TERRA (Apc 10:07 comparar 11:15-18 comparar com Ef 5:5).
 
 QUEM ENTRARÁ NO REINO DOS CÉUS:

1) Os pobres de espírito (os humildes) - Mt 5:3
2) Aquele que faz a vontade de DEUS-PAI - Mt 7:21
3) O que lança mão do arado e não olha para trás (os perseverantes) - Lc 9:62
4) Os nascidos de novo - Jo 3:3
5) Os que passam por aflições ou tribulações - At 14:22; II Ts 1:3-5
6) Os lavados, santificados e justificados - I Cor 6:9-10

 O REINO DE DEUS VIRÁ COM PODER - Mc 9:1; I Cor 4:20; Apc 11:17; 12:10; 19:6


Na Santa Paz do Senhor.

Xavier Campos Joaquim

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Um Verdadeiro Avivamento




Por Geraldo Carneiro

Muitos demonstram interesse na questão do avivamento, comentando sobre essa necessidade na Igreja. No entanto, precisamos saber que tipo de avivamento queremos, porquanto há um grande número de ideias destoantes acerca do assunto. Para muitos, avivamento: são decisões por Cristo; para outros, dons espirituais; para outros, entusiasmo e outros pensam que é puramente santidade. Se queremos orar e trabalhar em unidade, precisamos ter um ponto de vista definido. Para isso, devemos examinar as Escrituras. 


 EXEMPLO PERFEITO DE AVIVAMENTO
 
Leiamos At 2:1-12 - Aqui encontramos o exemplo perfeito de um genuíno avivamento. Não pensamos que todo avivamento seja exatamente igual a esse. Mas há princípios ou sinais que realmente são comuns aos outros avivamentos. Desse texto podemos extrair: 

          O AVIVAMENTO NÃO ESTÁ SOB NOSSO CONTROLE; ESTÁ SOB O CONTROLE DE DEUS – “... de repente...” - Não podemos "usar" o Espírito Santo. Não podemos "programar" um avivamento; não podemos datá-lo; ele é um ato soberano de Deus. 


                  O AVIVAMENTO NÃO É PRODUZIDO PELO HOMEM – “... veio do céu...” - Este é realmente o ponto fundamental. Muitos se preocupam com o evangelismo, com o estado de mornidão e o pequeno número de conversões. É até uma justa preocupação. Porém, ficam ansiosos por descobrir o impedimento e querem fazer algo a respeito. O grande problema é: O que é esse algo? 
 
Em geral, os crentes pensam em certos métodos ou estratégias: precisamos orar mais alto; devemos chamar certos preletores para a Igreja; devemos iniciar um culto de libertação ou fazer a reunião de oração de um outro jeito. Há os que crêem que se tivermos certos dons espirituais, a Igreja será avivada; e ainda há os que pensam que uma série de estudos sobre avivamento é a chave correta! 
 
Ora, não há dúvida de que cada um desses métodos pode ser usado por Deus para despertar e avivar a Igreja. A grande falha está em não percebermos que Deus não está preso a nenhum método. Deus não depende da aplicação, por nossa parte, de certas técnicas espirituais. O verdadeiro avivamento é algo que está nas mãos de Deus e não pode ser produzido por nossos métodos. Se queremos um genuíno avivamento, temos de esperá-lo vir dos céus. Não temos que produzi-lo! 


Então, o que podemos fazer? Podemos interceder, podemos nos arrepender dos pecados, podemos ter vida de oração, podemos ser fiéis na obra de Deus, podemos parar de acusar os líderes e tirar a trave que está nos nossos olhos, podemos amar e servir nossos irmãos e podemos nos humilhar até o pó diante da soberania absoluta de Deus na questão do avivamento.
Não adianta imitar avivamentos. Temos de ter fé e perseverança para buscar a Deus e crer que o avivamento descerá dos céus.


                    O AVIVAMENTO BÍBLICO É UMA EXPERIÊNCIA COM DEUS – “... Todos ficaram cheios do Espírito" - Esse é o problema com os avivamentos que encontramos por aí. Os crentes não estão buscando uma experiência pessoal e profunda com o próprio Deus. Eles só querem ver, só querem assistir a estudos bíblicos excelentes, milagres, um grupo de louvor ungido, um pregador que pula, grita e levita diante o púlpito. E assim as Igrejas se parecem com teatro: As pessoas não vão para participar; vão para assistir. Não adianta simplesmente imitar essas coisas. Se quisermos um avivamento genuíno, devemos esperá-lo vir diretamente dos céus!


                   O AVIVAMENTO É UMA EXPERIENCIA COMUNITARIA, OU DO CORPO DE CRISTO - As línguas de fogo pousaram "sobre cada um deles" e então "todos ficaram cheios" - Essas expressões, "cada um" e "todos" nos dizem muita coisa sobre a vontade de Deus. Deus não quer se expressar através de apenas alguns indivíduos; Deus quer o corpo, ou seja, Ele quer usar toda a Igreja. Todos são sacerdotes. Não há lugar para estrelas na nova aliança. 


Essa é, no entanto, a tentação de muita gente. O que os crentes esperam, não raramente, é um derramamento do Espírito no modelo do AT. O que eles esperam é que Deus de repente irá levantar um "Moisés" ou um "Josué", um profeta que será cheio do Espírito para conduzi-los à terra prometida. 


Nesse modelo, não são todos cheios do Espírito. Só os líderes. Eles devem ser ungidos e santos. Nós não. Nós somos os seguidores. Vamos atrás e recebemos as bênçãos.
Sem dúvida, Deus pode levantar um líder assim, mas isso não é avivamento. Isso não cumpre o propósito de Deus; porque o propósito de Deus é a Igreja, o corpo. O avivamento da Igreja não é um punhado de líderes ungidos e um monte de seguidores. Não! O avivamento Bíblico da Igreja é um corpo de pessoas cheias do Espírito Santo. Não poucos, mas cada um. Cada crente cheio, fortalecido e ungido com o Espírito. Não um profeta Moisés, que anda com Deus enquanto os outros assistem, mas uma companhia de discípulos cheios do Espírito, tanto líderes como liderados.

                    O AVIVAMENTO TRAZ A MANIFESTAÇÃO DOS DONS ESPIRITUAIS – “... Vossos Filhos Profetizarão!” - Como se pode verificar nos Vs. 3 e 4, no momento do derramamento do Espírito, ocorreu uma distribuição de graça. Sobre cada um repousou uma língua de fogo, e depois eles foram capacitados a falar em línguas. Mais à frente, Pedro cita o profeta Joel.  

No A. T., a capacitação para a obra de Deus e a concessão de dons espirituais se limitava a alguns homens escolhidos: profetas, reis, sacerdotes e juízes. O povo, em geral, não experimentava o derramamento do Espírito. Mas a promessa de Deus, para a nova aliança, é que o Espírito seria dispensado a todos; os dons espirituais, também. 

Uma característica fundamental do derramamento do Espírito é a distribuição de dons espirituais a todos os crentes. O que Joel diz da nova aliança, é que todos devem ter dons. É o que Paulo nos ensina em 1 Co 12:7-11 e 14:26. Os dons estão distribuídos entre todos, e não para algumas estrelas. A distribuição livre de dons, e a manifestação do Espírito é um sinal de avivamento genuíno.

                    O AVIVAMENTO TRAZ O ARDOR MISSIONÁRIO - Raramente nos damos conta disso, mas a distribuição de línguas em At 2 foi um milagre transcultural - O Dom de línguas não é, em geral, compreensível. O próprio Paulo ensina que só deve ser usado na Igreja com interpretação. Mas o que se observa em At 2 é que as línguas faladas eram a dos estrangeiros que estavam em Jerusalém (Vs. 5-12). Isso mostra o desejo de Deus de alcançar essas pessoas de outras nações.
Jesus já havia dito que a finalidade do poder do Espírito descer sobre nós é sermos transformados em testemunhas, capacitadas para falar a Palavra. É o que aconteceu em At 2; depois da pregação de Pedro, converteram-se 3000. 


Mais à frente, vemos os crentes orando e sendo cheios do espírito, e assim capacitados a pregar (At 4:31), e por todo o livro de Atos, o Espírito move a Igreja a evangelizar e fazer missões. A Igreja dos primeiros tempos era marcada pelo ardor missionário! 

Uma Igreja avivada é uma Igreja que tem sede de evangelizar e tem compaixão pelos que se perdem. Uma Igreja avivada não está preocupada com banalidades, mas com a missão. Muitos crentes querem o poder do Espírito para ver milagres, não para salvar almas. Querem receber bênçãos, mas não ser uma bênção. Tudo isso apaga o Espírito. Evangelismo e missões são uma marca indispensável do avivamento genuíno.


CARACTERÍSTICAS BÁSICAS PARA REALIZAÇÃO DE UM AVIVAMENTO

Leiamos Hc 3:1-2 e vejamos:

             ORAÇÃO PROFUNDA - "Oração do profeta Habacuque" - Oração pessoal, a partir do profeta de Deus. Todos devem orar muito por um avivamento poderoso, glorioso e soberano, enviado por Deus.
Todos os avivamentos da Bíblia e da história da Igreja foram marcados e conservados na atmosfera da oração, jejum, arrependimento, confissão espontanea, quebrantamento de espírito, humilhação diante de Deus e santidade. Precisamos intensificar também a nossa oração pessoal intercessória pela obra de Deus, como fez Habacuque.


               LOUVOR - "Sobre sigionote" - Trata-se de um termo musical plural, cujo singular é "sigaiom". Indica CANTAR ANIMADAMENTE. Uma Igreja reavivada inclui abundante "música de Deus" (1 Cr 16.42).
Em inúmeras Igrejas, a verdadeira música sacra morreu; seu espaço é preenchido com música e canto tipo passatempo, diversão, animação; sem peso, sem mensagem, sem vida, sem unção, sem melodia, sem graça, sem oração, sem endereço, sem nada.
Devemos orar para que tenhamos outra vez no culto a música realmente sacra, santa, bíblica, espiritual; os louvores que brotam primeiro como fontes do coração crente, da experiência vivida e encarnada na vida devocional da cada um de nós – Ef 5:19.


               A PALAVRA DE DEUS - "Ouvi, Senhor, a tua Palavra" - A Palavra de Deus abundante, fluente, poderosa, revigorante e renovadora é o grande agente divino para o avivamento.
Hoje a Palavra saiu dos púlpitos da maioria das Igrejas e foi substituída ardilosamente e quase sempre por música, festas e outros tipos de apresentações.
Os caps. 8 e 10 de Neemias descrevem um dos maiores avivamentos do A. T. O avivamento teve início mediante um autêntico retorno à palavra de Deus e um esforço decisivo para a compreensão da sua mensagem (v.8), durante sete dias, seis horas por dia, Esdras leu o livro da lei (vv. 3, 18).

Uma das principais evidências de um avivamento bíblico entre o povo de Deus é a grande fome de ouvir, ler e estudar a palavra de Deus.


               TEMOR DE DEUS - "E temi" - Sem renovação espiritual constante na sua vida, o crente perde aos poucos o repúdio ao pecado, sua sensibilidade espiritual diminui e o temor de Deus também. Isso afeta seriamente as coisas de Deus, os valores espirituais, principalmente a santidade de vida e a retidão no viver cotidiano.


               RENOVAÇÃO ESPIRITUAL - "Aviva, ó Senhor, a tua obra" - Precisamente falando, avivar, tem a ver com quem já morreu; reavivar, com quem ainda tem vida. Vários membros da Igreja de Sardes tinham nome no rol dos vivos, mas estavam mortos espiritualmente falando (Ap 3.1). 

Que é avivar espiritualmente? É uma operação soberana, irresistível e sobrenatural do Espírito Santo na Igreja para trazê-la de volta ao real Cristianismo bíblico, como retratado em Atos dos Apóstolos. Ao avivar e reavivar a Igreja, Deus salva crentes inconversos, liberta os crentes carnais, realiza prodígios e milagres, levanta os caídos, salva multidões, os crentes buscam a vida santificada, os perdidos buscam a salvação e prevalece o espírito de unidade de alma entre os crentes – Jo 6:66-67.


            Lv 6:13 - Avivamento é o estado constante da Igreja, abrasada pelo glorioso fogo do Espírito Santo. Na  Bíblia,        alguns símbolos do fogo são:

      A proteção de Deus – Ne 9:16; Zc 2:5
       A palavra de Deus – Jr 5:14; 23:29
      O Espírito de Deus – Is 4:4; At 2:4

Portanto, o avivamento que devemos buscar é aquele que reacenda o pavio fumegante e torne a igreja numa grande e gigantesca obra amada por Deus, respeitada por satanás e temida pelos adversários.

sábado, 4 de junho de 2011

Pentecostes em Nossos dias é Uma Realidade?




( Obs:Igreja pentecostal que nos referimos nesse post não tem nada haver com as denominações ditas ''pentecostais'') 

Uma Igreja pentecostal é aquela que segue o modelo apresentado no Novo Testamento, demonstrando ser herdeira da essência cristã da Igreja primitiva.

 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DE UMA IGREJA PENTECOSTAL

      ESPERA NAS PROMESSAS DE DEUS - Lc 24:49 - Deus promete e cumpre com as Suas promessas. Ele enviou o Seu Espírito para guiar e fortificar a Sua Igreja.
·     OBEDECE AOS MANDAMENTOS DE CRISTO - At 2:1 - Estavam reunidos no mesmo lugar, mostrando observância e respeito pela palavra de Cristo. Isso evita a pressa em fazer a vontade própria e as distorções cristãs.
·          É SUJEITA A DEUS E AOS SEUS MISTÉRIOS – At 2:2-13 - Devemos ser sujeitos ao Senhor, deixando Ele estabelecer os propósitos da Igreja.
·          É TOMADA DO SENTIMENTO DE CORAGEM – At 2:14 - Antes, haviam negado e fugido; agora, não temem pela própria vida.
·         PREGA AO MUNDO O CRISTO CRUCIFICADO E RESSURRETO - At 2:23-24 - Devemos retornar a esta pregação cristocêntrica em nossos púlpitos, evitando-se as heresias baseadas em fábulas modernas.
·          CRESCE NUMERICAMENTE E EM QUALIDADE – At 2:37-42 - Notemos: o que levou as pessoas à conversão foi a pregação da palavra de Deus. Uma Igreja que ensina e prega a Bíblia, cresce numericamente e qualitativamente.
·       PERSEVERA NAS COISAS DE DEUS – At 2:42-47 - Na Doutrina; na Comunhão; no Partir do pão; nas Orações; no Compartilhar dos bens; no Louvor a Deus. Muitas são as atividades da Igreja, mas não podemos nos descuidar da sua essência.

 CARACTERÍSTICAS DO FALSO CULTO PENTECOSTAL:
·        
I Rs 18:20-40:


      É SEGUIDO PELA MAIORIA (Ex 32:1; I Rs 18:22, 25) - Tenhamos o cuidado da Igreja crescer no número de pessoas, no número de invenções e PERDER EM SANTIDADE, NO CARÁTER E NA FIDELIDADE. (Mt 7:13-14). Precisamos, urgentemente, lembrar esta verdade solene: A MAIORIA SE PERDERÁ. Foi assim na época de Noé.

       É AQUELE QUE TEM UM FOGO FALSO  (Ex 32:24; I Rs 18:25) - O FOGO DEVE VIR DO CÉU. DEUS NÃO ACEITA FOGO ESTRANHO EM SEU CULTO. Mesmo conhecendo as Escrituras, temos admitido ao culto de Deus FOGO DE ENTUSIASMOS, fabricado por ANIMADORES; acrescentamos NOVIDADES AO CULTO, TORNANDO-O SHOW INCREMENTADO POR “NOVOS MOVIMENTOS” -  O que temos visto acontecer nos cultos DEUS NÃO PEDIU EM SUA PALAVRA! ELE NÃO É UM SER CHEIO DE CAPRICHOS. O CULTO A DEUS DEVE TER SOMENTE O FOGO DO ESPÍRITO, POIS ELE SANTIFICA E TRANSFORMA.

       É MOVIMENTADO (Ex 32:6, 19, 25; I Rs 18:26-28) - O culto a Deus é chamado por Paulo de LOGIKEN, ou seja, RACIONAL ou SUPRA-SENSUAL (Rm 12:1-2). O Culto é FÉ, pois o justo viverá pela fé.

       É UM CULTO DEMORADO ou LONGO (Ex 32:6, 17-18; I Rs 18:29) - Muitos movimentos, muitas palavras, muitas repetições. O NOSSO DEUS É UM DEUS DE ORDEM, PAZ e HARMONIA. O Universo que Deus criou atesta que EM TUDO Deus mostra ordem e harmonia.

     O DEUS ADORADO NO FALSO CULTO PENTECOSTAL, NÃO RESPONDE (Ex 32:20; I Rs 26-29) - O falso culto é apenas movimentação física que resulta no vazio. É um teatro, um show, sem nenhum vínculo de vida prática. O falso adorador é mundano: vive mentindo, traindo, fazendo falcatruas, escandalizando, sem ética cristã. O FALSO CULTO É UM CULTO SEM ÉTICA.

 COMO ENFRENTAR O FALSO CULTO PENTECOSTAL:

       CONVICÇÃO - Para se enfrentar o falso culto, devemos,  na graça de Deus, termos muita convicção (Ex 32:16-21, 27; I Rs 18:17-21) - Antes de ver o fogo cair do céu, antes da grande vitória, Elias crê, está convicto, sabe quem é o verdadeiro Deus. Mas o povo NADA RESPONDIA

       DEFINIÇÃO - “SE É... SEGUI-O” (Ex 32:21-24; - Indefinição é característica do falso culto. O povo parecia não saber; estava na dúvida; não havia firmeza. Vivemos num tempo de indefinições. SER DEFINIDO É HOJE SER DOGMÁTICO; SER DOGMÁTICO É ALGO, HOJE, DETESTÁVEL. No entanto, NÃO PODEMOS FICAR NO MEIO TERMO: “SE BAAL É O SENHOR, SEGUI-O; SE DEUS É O SENHOR, SEGUI-O” - É hora de definição!

 O QUE FAZER PARA RESTABELECER O VERDADEIRO CULTO PENTECOSTAL:

       RESTAURAR O ANTIGO ALTAR - (Ex 32:19-20, 34:1, 4; I Rs 18:30) - Elias restaurou o altar de seus pais. O mesmo altar em que adoravam os seus antepassados. Há os que pensam que NOVIDADE é a marca do verdadeiro culto pentecostal. Pensam que algo para ser bom, tem que ser atual, novo. Criam preconceitos contra o antigo e se esquecem QUE NÃO HÁ NADA NOVO DEBAIXO DO CÉU. 

       CULTUARMOS COM BASE NA PALAVRA DE DEUS - (Ex 34:10, 27-28; I Rs 18:31) Elias mostrou precisão: USOU DOZE PEDRAS. NÃO USOU OUTRO MATERIAL. NÃO QUIS FAZER USO DE SUA CRIATIVIDADE. ELIAS OBEDECE E TUDO FEZ CONFORME A PALAVRA DO SENHOR.

       COLOCAR ORDEM NO TEMPO DO CULTO - (Ex 34:31-33; 35:1, 20; I Rs 18:36) - Deus havia determinado a hora do sacrifício e Elias obedeceu a Deus quanto o horário.

       O VERDADEIRO CULTO DEVE SER DIRIGIDO AO DEUS DA ALIANÇA - (Ex 34:5-9; I Rs 18:36) - O individualismo moderno criou deuses dos carismáticos: “O deus - irmão fulano”, “O deus - aquela Igreja”,  “O deus - missionário” , “o deus - cantor”. Ou seja, CADA UM TEM O SEU “CULTO” e o faz de acordo, NÃO COM BASE NA PALAVRA DE DEUS, mas de acordo com O MEIO ECONÔMICO, O MEIO ELETRÔNICO e a CRIATIVIDADE.

       NO VERDADEIRO CULTO, DEVE HAVER CLAMOR E ORAÇÃO DIRIGIDOS AO DEUS SOBERANO (Ex 32:30-33, 33:11-23; Ex 348-9; I Rs 18:36-37) - Para Elias, este Deus soberano era o Senhor absoluto do coração do povo (“PARA QUE ESTE POVO SAIBA QUE TU, SENHOR, ÉS DEUS”). É Deus quem convence, quem salva, que escolhe e que chama. TODO O UNIVERSO ESTÁ SOB O COMANDO DE DEUS.

       NO VERDADEIRO CULTO DEVE HAVER FOGO DO SENHOR - (Ex 24:16-18; I Rs 18:34, 38 cf Hb 12:18-20, 29) - Elias cria no Deus soberano. Ele encheu o altar com água e Deus mostrou Seu poder, contrariando as leis naturais, a fim de que o povo cego, visse.

       NO VERDADEIRO CULTO, O POVO RECONHECERÁ QUE SÓ O SENHOR É DEUS - (Ex 40:34-38; I Rs 18:39) - O que adoram a Deus não vivem titubeando; não seguem a maioria, pois esta, à luz da Palavra de Deus, entra sempre pelo caminho e porta largos (Mt 7:13-14)

       NO VERDADEIRO CULTO, O QUE É EMPECILHO DEVE SER ELIMINADO (Ex 32:27-29; I Rs 18:40) - Os falsos profetas podem causar danos, MAS NÃO TÊM PODER PARA DESTRUIR O VERDADEIRO CULTO AO VERDADEIRO DEUS. O VERDADEIRO CULTO SEMPRE TRIUNFARÁ E A GLÓRIA DE DEUS SERÁ RESTABELECIDA.


·         ASSIM, NO VERDADEIRO CULTO PENTECOSTAL...

1)       FOGO FALSO NÃO TEM LUGAR;
2)       NÃO SE CONFUNDE ENTUSIASMO COM LOUVOR;
3)       NÃO SE PROVOCAM EMOÇÕES PARA ALEGRAR O AMBIENTE;
4)       O ALTAR ANTIGO NÃO DEVE SER SUBSTITUÍDO, MAS RESTAURADO, PORQUANTO DEVEMOS SEMPRE NOS VOLTAR PARA A PALAVRA DE DEUS
5)       O VERDADEIRO DEUS DEVE SER ADORADO (O DEUS DE ABRAÃO, ISAQUE e JACÓ)

sábado, 21 de maio de 2011

Diferença entre Culto e Show




 O culto é um ato religioso através do qual o povo de Deus adora o Senhor, entrando em comunhão com Ele, fazendo-Lhe confissão de pecados e buscando, pela mediação de Jesus Cristo, o perdão, a santificação da vida e o crescimento espiritual. Todo culto, por mais poderoso e fervoroso que seja, sempre será uma demonstração de ordem e decência.

Culto ou Show ?

 Não é apenas a mídia que está usando a palavra “show” para se referir a alguns cultos. No meio evangélico já temos as expressões: “Show da Fé”; “Show gospel”, etc.
 No entanto, o que é show? E o que é culto?
 Segundo o Dicionário Aurélio:
SHOW é "um espetáculo de teatro, rádio, televisão, etc., geralmente de grande montagem, que se destina à diversão, com a atuação de vários artistas de larga popularidade, ou às vezes de um só".
CULTO é "adoração ou homenagem à divindade em qualquer de suas formas, e em qualquer religião".
Ora, a Igreja existe, não para oferecer entretenimento, encorajar vulnerabilidade, melhorar auto-estima ou facilitar amizades, mas para adorar a Deus. Se falharmos nisso, a Igreja fracassa.

Modismo Liturgico

 Em muitas Igrejas o tempo destinado à exposição da Palavra é cada vez menor e o tempo reservado aos “shows” é cada vez maior. Em alguns cultos já não há lugar para o antigo sermão, nem para algum substituto dele. A decadência do culto transformado em show leva obrigatoriamente a outros absurdos. Vejamos:• Certas práticas têm invadido as igrejas, tais como a “nova unção”, a “risada santa”, ”o cair pelo Espírito”, “o sopro santo”, “adoração a anjos”, “sessão de descarrego”, “a ingestão das ervas amargas” e outras inúmeras inovações que têm aparecido nos últimos tempos, inovações estas que, muito propriamente, estão sendo denominadas de “NEOBESTEIRAS”.
 São todas práticas que misturam feitiçaria, meninice, despreparo espiritual e, o que é primordial, ausência de exposição da Palavra de Deus.
 Tomemos cuidado, queridos irmãos, rejeitemos estes ventos de doutrina e não abandonemos a simplicidade que há em Cristo Jesus (II Cor.11:3). Deus não quer espetáculo, nem precisa de espetáculos para Se manifestar, mas atuará e Se manifestará sempre que tiver corações contritos e espíritos quebrantados dispostos a servi-Lo e adorá-Lo (Sl.51:17), dispostos a se arrepender de seus pecados e buscar uma vida de santificação (Hb.12:14; Ap.22:11).

O Culto na Igreja Primitiva era Espontaneo

 Leiamos I Cor 14:26; Ef 5:18-21; Cl 3:16-17 e analisemos:
 SALMOS – Hinos do Antigo Testamento cantados ao som de instrumento de cordas, como a harpa.
 DOUTRINAS – Exposição sistemática e lógica das verdades extraídas da Bíblia, visando o aperfeiçoamento espiritual do crente. O seu texto fundamental é a Palavra de Deus.
 REVELAÇÃO – Manifestação sobrenatural de uma verdade que se achava oculta.

 LÍNGUAS – Capacidade de se falar de maneira sobrenatural concedida pelo Espírito Santo, visando a consolação, exortação e edificação dos santos. Foi outorgado primariamente à Igreja com o objetivo de servir de sinal aos incrédulos. Serve tanto para edificação individual quanto coletiva. Individualmente, quando desacompanhada de interpretação. Mas, quando interpretada, adquire personalidade profética.

 INTERPRETAÇÃO – Exposição, explicação e esclarecimento de um determinado texto das Sagradas Escrituras.• DOM DE INTERPRETAÇÃO DE LÍNGUAS – Dom sobrenatural concedido pelo Espírito Santo, cujo principal objetivo é transformar as línguas estranhas numa mensagem de edificação, exortação ou consolação à Igreja.
 HINOS – Cânticos de louvor a Deus.
 CÂNTICOS ESPIRITUAIS – Hinos cantados em línguas estranhas que, quando interpretados, continham palavras de exortação. A partir da interpretação, a Igreja Primitiva usava-os nos cultos.

As Partes Liturgicas do Culto
  Adoração de um Deus que é soberano, santo e justo – Esta parte do culto consta de orações e expressões de glorificação e exaltação do nome de Deus através de leituras da Bíblia. O início do culto é uma preparação, um verdadeiro convite ao homem para se colocar reverentemente diante de Deus (Apc 19:1-7).
 O reconhecimento de nosso estado de pecaminosidade e a necessidade de sentirmos o perdão de Deus – (Is 6:5; Sl 51) – A presença de um Deus santo nos leva a sentir a realidade de nosso pecado e a confessá-lo diante dEle.
 Momento congratulatório – Esta é a parte do culto em que expressamos diante de Deus os nossos sentimentos mais profundos de gratidão a Ele por todas as dádivas do Seu amor para conosco: bênçãos materiais diárias e constantes (Tg 1:17); pelo perdão de nossos pecados (I Jo 2:1-2); pela salvação alcançada através de Cristo (Rm 8:28-30) e pelas bênçãos espirituais recebidas por intermédio de Cristo (Ef 1:3) – Essa gratidão pode ser expressa através de leitura de textos bíblicos que falam de gratidão, de orações e cânticos de ação de graças.
 Momento de edificação – Este é clímax do culto, pois é o momento em que Deus fala de maneira especial e o homem ouve. É o momento da revelação da vontade do Senhor através da leitura da Sua Palavra ou da interpretação do texto bíblico pelo pregador. É a hora do comissionamento de Deus ao indivíduo particularmente ou à comunidade de uma maneira geral e coletiva. Este comissionamento tem os seguintes objetivos: convidar os ouvintes a aceitar a Cristo como seu Salvador e Senhor (At 2:37-40; Mt 11:28-30); convidar o ouvinte a participar do processo de sua edificação espiritual e conseqüentemente da edificação do corpo de Cristo (I Cor 14:4-5, 17-26); convidar o ouvinte a participar do ministério do Senhor (Is 6:8; Mt 28:18-20; Lc 9:1-2; Jo 20:21; At 13:4; 22:21; Rm 10:15).

Momento de dedicação – Esta parte do culto é a resposta do homem àquele comissionamento de Deus. Após ouvir a mensagem o ouvinte pode tomar várias atitudes: dizer “não”; dizer “depois”; ficar indiferente; aceitar a Cristo como seu Salvador; consagrar-se ao serviço de Deus para uma vida de mais piedade cristã, para dedicar os seus bens, o seu tempo e o seus dons ao Senhor e para participar do ministério da Igreja e da obra missionária do Senhor.

 A conclusão do culto – Esta é a última parte do culto, que deve ser rápida e impressionante, a fim de deixar no ouvinte o sabor de todo o processo do culto e no seu coração despertar aquele desejo de maior comunhão com o Senhor. A conclusão do culto é o desfecho final que deve deixar o ouvinte impregnado e impressionado com as realidades da vida espiritual, através de um apelo, de um hino, de uma oração e depois disso, segue-se a bênção e o amém.

Os Principais Elementos do Culto

Os elementos do culto são os meios usados pelo adorador para expressar o culto.
 A Bíblia Sagrada - Ela é a Palavra de Deus. Ela é o elemento mais importante do culto cristão, pois TODOS OS ATOS DE ADORAÇÃO DEVEM ESTAR BASEADOS NA PALAVRA DE DEUS. As verdades bíblicas devem modelar o ato de culto, bem como as idéias e o comportamento do adorador (I Sm 15:22-23; Mt 15:9). A bíblia aparece no culto sob diversas formas. As principais são:
 A Leitura (INDIVIDUAL, CONJUNTA ou ALTERNADA) - I Tm 4:13; I Ts 5:27; Apc 1:3
  A PREGAÇÃO; Lc 4:16-30• (1.3) - O CÂNTICO (CONGREGACIONAL, CORAL, CONJUNTOS, SOLOS) - Cl 3:16• (1.4) - AS SAUDAÇÕES - II Cor 1:-6; e
 AS BÊNÇÃOS PASTORAIS. II Cor 13:13
 Por exemplo: - Ne 9:1-5 - Os israelitas leram o Livro da Lei do Senhor durante três horas e passaram outras três horas confessando os seus pecados e adorando o Senhor. Imitemos, pois, os bons exemplos registrados na Palavra de Deus.
  A ORAÇÃO - Orar é cumprir uma ordem do Senhor (Lc 18:1; I Ts 5:17). A oração é indispensável ao cristão, que deve praticá-la individualmente e coletivamente (Mt 6:5-8; At 12:12 cf Rm 8:15; Gl 4:6). A Bíblia ensina que a oração faz parte do culto particular e público.
  - As orações nas reuniões da Igreja, devem ser uma constante (At 1:14; 4:24; 12:5; 21:5; Lc 1:10; Mt 18:19)
  - As orações devem ser dirigidas a Deus (Mt 4:10)
  - As orações devem ser feitas por meio e em nome de Jesus (Ef 2:18; Hb 10:19)
  - As orações devem ser acompanhadas de humildade e ação de graças (Gn 18:27; Fp 4:6; Cl 4:2)
  - As orações podem ser feitas em silêncio ou audivelmente, nas posturas diversas (Mc 11:25; At 20:36; Mt 26:39; I Tm 3:8)
   A MÚSICA - Também se destaca como um elemento indispensável ao culto. A Igreja sempre usou hinos e cânticos na expressão do seu culto (Rm 15:9; I Cr 14:15; Ef 5:19; Cl 3:16; Tg 5:13; Apc 5:9; 14:3; Mt 26:30)
  - OS SACRAMENTOS - Os sacramentos são santos sinais e selos do pacto da graça, imediatamente instituídos por Deus, para representar Cristo e os seus benefícios e confirmar o nosso interesse nele, bem como para fazer uma diferença visível entre os que pertencem à Igreja e o resto do mundo, e, solenemente, obrigá-los ao serviço de Deus em Cristo, segundo a Sua palavra. HÁ SOMENTE DOIS SACRAMENTOS INSTITUÍDOS POR JESUS:

 - O BATISMO - Mt 28:19; e
 - A SANTA CEIA - Mt 26:26-30.
 - OFERTAS - O ato de ofertar e contribuir faz parte do culto. A oferta sempre foi um elemento integrante da adoração a Deus e uma expressão de fidelidade (Dt 12:4-7; Ml 3:10; Mc 12:41-44; II Cr 8:12-18; Hb 13:16). Nosso progresso espiritual depende de ofertarmos a Deus - I cor 9:5, 10.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
 Atualmente, a Igreja é o Israel de Deus (Gl. 6:16), a nação santa que veio substituir Israel na dispensação da graça como povo anunciador da salvação de Deus aqui na Terra (Mt. 16:18; Ef. 2:13-22; I Pe.2:9).

 A Bíblia afirma que, quando a Igreja se reúne, deve haver, na devoção coletiva, salmo, doutrina, revelação, língua e interpretação, tudo com o propósito de edificação (I Cor. 14:20).
 Em sendo assim, deve a Igreja reunir-se coletivamente para adorar ao Senhor e, através desta adoração, mostrar a glória de Deus a todos os povos, para que eles, com temor e tremor, creiam em Cristo como seu único e suficiente Salvador (I Cor. 14:24, 25).



domingo, 24 de abril de 2011

Batismo com Espírito Santo




 A experiência do batismo com o Espírito Santo tem-se constituído numa das pedras basilares da doutrina pentecostal, como uma doutrina tanto bibliocêntrica quanto prática e experimental.


 As expressões “Novo Nascimento” e “Batismo”:


 Novo Nascimento - É o mesmo que falar: NOVA CRIATURA, ou seja, expressão com que é designado o pecador que aceita a Cristo Jesus como Salvador. Em decorrência da regeneração, ele nasce de cima para baixo (nascimento vindo de Deus - Jo 1:12-13; I Jo 3:9; 4:7; 5:1); de dentro para fora e nasce, ainda, da água e do Espírito (Jo 3:4-5)


 Batismo - Imersão; mergulho; submersão. Logo, é a demonstração pública de ter feito alguma coisa, assumindo situação nova. 


 O que não é  Batismo com o Espírito Santo:


  NÃO é Novo Nascimento - Ambas as experiências são distintas. Observemos: 


  Jo 15:3 - Só depois eles foram batizados com o Espírito Santo; 


 Lc 4:17-20 - Jesus Cristo, não obstante tenha sido gerado por obra e graça do Espírito Santo, só aos trinta anos de idade foi ungido pelo Espírito Santo e capacitado para a Sua missão.


  Não é o Batismo “DO” Espírito Santo - I Cor 12:13 - Refere-se a todos os crentes, os quais têm recebido vida por meio do Espírito Santo e desta maneira, passaram a formar parte do corpo místico de Cristo. Esta é a forma que tem Paulo de explicar o novo nascimento (Jo 3:7). 


 No batismo “DO” Espírito Santo, o próprio Espírito é o batizador, imergindo o neoconvertido no corpo místico de Cristo, a Sua Igreja, e fazendo-o membro vivo e ativo desse corpo. ESSE BATISMO TEM LUGAR NO MOMENTO DA CONVERSÃO (Rm 6:3; Gl 3:27).


 Já no batismo “COM” o Espírito Santo, o batizador é Jesus, enquanto que o Espírito Santo é o elemento no qual o crente é imergido ou batizado (Mt 3:11; Jo 1:33; 15:26; At 1:5).


  NÃO É SANTIDADE - Não é uma apólice de seguro contra naufrágio espiritual, nem um salvo-conduto de posse do qual o crente pode abusar da bondade e misericórdia divinas. 


 O crente, uma vez batizado com o Espírito Santo, deve estar atento às seguintes palavras do apóstolo Paulo (Ef 4:30; I Ts 5:19)


 O QUE É BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO?:


 O batismo com o Espírito Santo é um ato de Deus, através de Cristo, pelo qual a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade vem sobre o crente e o enche plenamente. É a presença do Espírito Santo na vida do cristão, sua propriedade exclusiva.


  É O ÂMAGO DA EXPERIÊNCIA DO PENTECOSTE - Um verdadeiro pentecostal não é quem simplesmente pertence a uma denominação com esse nome, mas alguém que foi batizado com o Espírito Santo e continua a transbordar da Sua virtude.


  É O CUMPRIMENTO INTEGRAL E TOTAL DA PROMESSA DE DEUS PAI SOBRE A QUAL FALOU DEUS FILHO - Is 44:2; At 1:4 cf Jr 1:12


  É A UNÇÃO INDISPENSÁVEL A TODO CRENTE QUE, POSSUIDOR DA NATUREZA DIVINA, TEM O DEVER DE SER TESTEMUNHA DE CRISTO E DO SEU EVANGELHO POR TODOS OS LUGARES, ATÉ OS CONFINS DA TERRA - At 1:8.


  É O FLUIR DAS FONTES CRISTALINAS DA SALVAÇÃO QUE MANAM NA ALMA DO PECADOR PERDOADO PELA BONDADE DO SENHOR - Jo 7:38-39.


PROPÓSITOS DO BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO:


 O batismo com o Espírito Santo é uma experiência destinada a todos os crentes, independentemente do tempo e da denominação à qual estejam filiados. Mas quais os reais propósitos do batismo com o Espírito Santo? Dentre esses, atentemos para os seguintes:


 VIVER ABUNDANTEMENTE PARA DEUS - Jo 7.38-39 - Desde o momento do novo nascimento até a morte ou a glorificação, a vida do cristão deverá estar inteiramente identificada com o progresso espiritual, marcado pela submissão e comunhão com Deus. Evidentemente isto só será possível para o que está cheio e a transbordar do Espírito Santo (Ef 5.18).


  IDENTIFICAR A VIDA DO CRENTE COM CRISTO – Lc 4.18-19 - Disse A. B. Simpson, fundador da Aliança Bíblica Missionária: 
  "Primeiro, o Senhor nasceu pelo Espírito, e posteriormente iniciou Seu ministério no poder do Espírito Santo. Espero que, assim como o que santifica, como os que são santificados, sejam todos um. De igual maneira nós devemos seguir Seus passos e imitar Sua vida. Nascidos no Espírito nós também devemos ser batizados com o Espírito Santo, e logo viver a vida de Cristo e repetir Sua obra".


 PODER PARA TESTEMUNHAR - At 1.8 - A experiência da salvação do homem começa no Calvário, enquanto que o seu serviço inicia-se no Pentecoste, ou seja, com a experiência do batismo com o Espírito Santo.


 A finalidade deste batismo está prescrita na própria promessa de concessão: capacitar o crente para o trabalho divino. O cristão, pois, corre um sério risco, uma vez batizado com o Espírito Santo, se não assumir uma vida de compromisso com o testemunho cristão. 


 Paulo tinha o dever de testemunhar de Jesus em tão elevada conta, que chegou a dizer: "... ai de mim, se não anunciar o evangelho" (1 Co 9.16).


OS NOMES USADOS NA BÍBLIA PARA O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO:


  BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO - (Mt 3:11; At 1:5; 11:6 – A palavra batismo tem o sentido de mergulho, imersão, coisa que realmente condiz com a maravilhosa experiência quando se é imerso na plenitude do Espírito Santo).


  RECEBER A UNÇÃO – (I Jo 2:20, 27; Lc 4:18; At 10:38) – Esta expressão nos faz lembrar o ato da consagração dos sacerdotes (Ex 40:13-15), dos profetas (I Rs 19:16) e dos reis (I Sm 10:1; 16:13), através da santa unção (Ex 30:23-33). O crente no Novo Testamento é sacerdote e rei (I Pe 2:9; Apc 1:6) e, para ele, Deus tem promessa de uma unção especial: O Batismo com o Espírito Santo (II Cor 1:20-21).


  REVESTIMENTO DE PODER – (Lc 24:49 cf At 1:8) – Não se trata de poder intelectual ou físico, mas de poder de Deus (II Rs 2:9).


 SELO DA PROMESSA – (Jo 6:24) – A palavra SELO é aplicada em vários sentido que explicam a bênção do batismo com o Espírito Santo: 


 O selo fala de PROPRIEDADE – Jesus sela a propriedade que comprou (I Cor 6:19-20; Ef 1:13);


 Um documento selado tem o seu VALOR AUTENCIADO – O decreto da salvação e o valor das promessas divinas estão selados pelo Espírito Santo (Ef 4:30);


 O selo fala de PROTEÇÃO – Pilatos o usou (Mt 27:66); o rei Dario também (Dn 6:17 cf Apc 7:3; 9:4). O elo do Espírito Santo é um sinal de proteção por parte dAquele que nos selou (II Cor 1:22).


 Um anel com sinete é SINAL DE AUTORIDADE – (Gn 41:42; Et 8:1-2; I Rs 21:8) – Simbolicamente, fala da autoridade celestial que o batismo com o Espírito Santo proporciona (At 1:8; 4:8, 20; 7:51-59).


 Assim, ser batizado com o Espírito Santo é uma necessidade imperiosa na vida de todo o crente que deseja ser usado por Deus no Seu serviço.


 A experiência do batismo com o Espírito Santo, apesar de ajudar-nos a viver abundantemente para Deus, de identificar-nos com Cristo e de comunicar-nos poder para testemunhar do Evangelho, não se constitui numa espécie de apólice de seguro em caso de naufrágio espiritual. Não!


 Mais que qualquer outro, o crente batizado com o Espírito Santo tem o sagrado dever de permanecer humilde na presença do Senhor, estudando a santa Palavra de Deus, orando e primando por viver uma vida santa diante de Deus e dos homens.

 O batismo com o Espírito Santo não comunica privilégio; transmite, sim e sobretudo, responsabilidade.


Graça e Paz.
Xavier Campos



domingo, 13 de fevereiro de 2011

A Importancia da Disciplina na Igreja



 



Por pr. Geraldo C. Filho


Presentemente, há nas Igrejas uma notória tendência de relaxamento na disciplina, extirpando medidas tais como a exclusão de alguém da comunhão da Igreja.

 Existe também uma tendência bem evidente de ressaltar o fato de que a Igreja é uma grande agência missionária. Porém, esquecem-se de que, acima de tudo, ela é a “ASSEMBLÉIA DOS SANTOS”, na qual não podem ser tolerados os que vivem em pecado!

Alegam, ainda, que os pecadores devem ser agregados à Igreja e não excluídos dela. Mas é preciso lembrar que eles devem ser agregados à Igreja como “SANTOS” e que não terão um lugar legítimo na Igreja enquanto não confessarem seus pecados e não lutarem pela santidade em seu viver.


· Lembremos: O Senhor é um Deus de ordem! A disciplina na Igreja exprime um principio divino: Afirma que, desde o início dos tempos, Deus castiga o pecado – Gn 3:9-24; Dt 28. Assim deve haver disciplina na Igreja (Hb 12:5-1 l).








II – O ESPÍRITO SANTO PRESENTE NA DISCIPLINA:


· At 5:1-14 – Ananias e Safira sabiam que estavam enganando a Igreja: venderam a propriedade e concordaram em agir como se estivessem doando tudo, quando estavam dando apenas uma parte. Mas a história não dá a impressão de que pecavam! Afinal, estavam fazendo algo bom e generoso.

· At 5:3-6 - O coração de Ananias batia acelerado diante da vibração do público, mas Pedro não estava sorrindo. O coração descompassado de Ananias parou e ele não pode mais respirar, findando ali a sua vida.
· At 5:7-10 - Três horas se passaram, e Safira manteve a mentira que havia combinado com seu marido, sem saber o que havia acontecido. O resultado foi drástico para a esposa.

· Deus feriu com severidade a Ananias e Safira para que se manifestasse Sua aversão a todo engano, mentira e desonestidade no Seu reino. O ato daquele casal mereceu o justo juízo de Deus (Ef 1:4; Hb 13:12).

· At 5:5, 11 - Houve um grande temor em toda a Igreja – O julgamento divino contra o pecado de Ananias e Safira levou a um aumento de humildade, reverência e temor do povo para com um Deus santo.
· Sem o devido temor do Senhor Jeová e da Sua ira contra o pecado, o povo de Deus voltará, em pouco tempo, aos caminhos ímpios do mundo, cessará de experimentar o derramamento do Espírito Santo e a presença milagrosa de Deus, sendo-lhe cortado o fluxo da graça divina (Pv 11:1; 12:22; 20:10, 17).

· Leiamos mais vez At 5:12-16 e perguntemos a nós mesmos:

· (1) - A disciplina de nossa Igreja é tal que os membros temem pecar?

· (2) - O povo do mundo receia o ambiente entre nós, porque o pecado é descoberto e disciplinado pelo Espírito Santo?

· (3) - Se os apóstolos tivessem tolerado o pecado de Ananinas e Safira, permitindo o casal ficar em seu meio, os pecadores teriam entregado suas vidas ao Senhor?

· A comunidade observou que existia um povo que não suportava pecado! Anelou em viver numa Igreja onde tinha certeza de que todo engano e pecado eram corrigidos! Os que se conformam com o pecado e não querem viver uma vida santa, sempre evitam tais Igrejas!

· Depois da disciplina de Ananias e Safira, a Igreja ficou tão cheia da virtude do Espírito Santo, que os enfermos sobre os quais caísse a sombra de Pedro, eram curados!

· Desta forma, a disciplina é uma bênção e uma necessidade na Igreja (At 5:11; II Ts 3:6-14; Rm 16:17-18).

III - O DESCASO COM O PECADO NA IGREJA:

· Leiamos I Cor 5 – Nesta passagem bíblica, o transgressor prosseguiu na Igreja como se nada tivesse acontecido.
· A congregação, por sua vez, ignorou o assunto. Tratava-se de um pecado hediondo: Um membro da Igreja estava vivendo com sua madrasta, conjugalmente. A lei de Deus condenava tais práticas (Lv 18, Dt 22; 27; 30). No Sermão da Montanha, Jesus confirmou esses ensinos (Mt 5.17, 18).

· Era preciso restaurar o irmão transgressor e, ao mesmo tempo, corrigir a atitude repreensível da Igreja.
· Podemos observar do texto bíblico em comento:

· (A) - O terrível pecado de comissão daquele cristão de Corinto: "Quem abusa da mulher de seu pai". Um pecado abominável de perversão sexual.

· (B) - O escândalo público daquele pecado continuado, sem disciplina da Igreja: "Geralmente se ouve que há entre vós".
· (C) - A espiritualidade de uma Igreja não é garantia contra incursões do pecado na vida dos crentes. Operavam na Igreja de Corinto os dons espirituais, mas isso não isentou os crentes de problemas e males.

· (D) - Crentes divididos e orgulhosos como os de Corinto (I Cor 3) ficam enfraquecidos e tornam-se presa fácil do inimigo.

· (E) - Paulo estava ausente, mas é como se estivesse presente. É a unidade cristã - Ef 4.2-6 cf I Cor 5:4.

· (F) – I Cor 5:5 - "Para destruição da carne" - No original, esta expressão não tem o sentido de aniquilar, mas de arruinar. Certamente um tipo de enfermidade maligna tendo como objetivo a salvação do espírito. Um caso parecido temos em I Tm 1.20.


· (G) – I Cor 5:6-8 - O "Fermento" na massa espiritual da Igreja - Diz o adágio: "Um soldado inimigo dentro do nosso acampamento é pior do que mil do lado de fora".


· (H) – I Cor 5:9-12 - O crente não deve comungar com incrédulos. “Comer” não é apenas deglutir o alimento, mas também entrar em acordo, aprovar e comungar.


· (I) – I Cor 5:13 – Um santa congregação do Senhor Jesus Cristo:

· (I.1) - Não deve sancionar conduta imoral de ninguém;

· (I.2) - Deve manter a pureza do Evangelho (Mt 13.47-49);

· (I.3) - O viver do crente deve ser bem diferente do viver do incrédulo; e

· (I.4) - A Igreja, como corpo local, tem o direito de disciplinar os membros faltosos.

IV – FORMAS DE DISCIPLINA A SEREM APLICADAS:

· Conforme a gravidade do caso, duas formas de disciplinas devem aplicadas na Igreja:

· (1) - ADVERTÊNCIA E EXORTAÇÃO PESSOAL (Mt 18:15; Gl 6:1);

· (2) - VISITAÇÃO ACOMPANHADA (I Cor 4:14-21; Mt 18:15-17);

· (3) - ADVERTÊNCIA PÚBLICA (I Tm 5:20);


· (4) - COMUNICAÇÃO ESCRITA (II Cor 7:8-10);

· (5) - A SUSPENSÃO DA IGREJA- II Ts 3:14-15 - é uma forma menos rigorosa, em que o faltoso fica sujeito a uma suspensão de algum cargo que ocupa, da santa ceia, etc. Contudo, ele continua membro da Igreja ou, como diz a Bíblia, deve ser tratado como irmão. Tudo com a finalidade de ajudá-lo a despertar e consertar-se.
· (6) - A EXCLUSÃO - quando as outras medidas não surtirem efeito, então resta somente o último recurso: A EXCLUSÃO DA IGREJA. O faltoso é então separado da comunhão com a Igreja, isto é, não é mais considerado membro, mas como gentio e publicano. Nesse caso, o ato de exclusão é apenas uma expressão daquilo que o Senhor da Igreja já fez – Mt 18:17.

IV.1 - OBSERVAÇÕES:

· (1ª) - O objetivo principal da disciplina cristã não deve ser ignorar o faltoso ou tornar-se indiferente com ele, tampouco perdê-lo, mas ganhá-lo de volta para Cristo (Tg 5:19-20). Esta tarefa é para pessoas espirituais (Gl 6:1-2)

· (2ª) - Sempre que for possível, a pessoa disciplinada ou desviada deve ser visitada e procurada, visando-se a sua restauração espiritual.

· (3ª) - A disciplina, quando aplicada segundo o espírito de Cristo, não se destina a empurrar a pessoa para o inferno, e, sim, livrá-la de lá (se essa pessoa entrar pelo caminho do arrependimento, do abandono dos seus pecados e do perdão da Igreja) – II Cor 2:6-10.


V – CONSIDERAÇÕES FINAIS:

· As marcas da Igreja, em particular, são: A FIEL PREGAÇÃO DA PALAVRA; A CORRETA MINISTRAÇÃO DOS SACRAMENTOS e O FIEL EXERCÍCIO DA DISCIPLINA.

· O fiel exercício de disciplina é deveras essencial para a manutenção da pureza da doutrina e para salvaguardar a santidade dos sacramentos. As Igrejas que relaxarem na disciplina, mais cedo ou mais tarde, sofrerão, em sua esfera de influência, um eclipse da luz da verdade e abusos nas coisas santas. Daí, a Igreja que quiser permanecer fiel ao seu ideal, na medida em que isto é possível na terra, deverá ser diligente e conscienciosa no exercício da disciplina cristã.

· Lembremo-nos: DEUS CONTINUA SENDO SANTO! ELE NUNCA DEIXOU E NEM DEIXARÁ PASSAR IMPUNEMENTE O PECADO NA IGREJA!


FONTES DE CONSULTA:


1. A Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD


2. Disciplinas do Homem Cristão – CPAD – R. Kent Hugles


3. Lições Bíblicas – 3º Trimestre de 1997 – Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima


4. Fonte de consulta:


5. Lições Bíblicas – CPAD – 4° Trimestre de 1997 – Comentarista: Antônio Gilberto










II – O ESPÍRITO SANTO PRESENTE NA DISCIPLINA:


· At 5:1-14 – Ananias e Safira sabiam que estavam enganando a Igreja: venderam a propriedade e concordaram em agir como se estivessem doando tudo, quando estavam dando apenas uma parte. Mas a história não dá a impressão de que pecavam! Afinal, estavam fazendo algo bom e generoso.

· At 5:3-6 - O coração de Ananias batia acelerado diante da vibração do público, mas Pedro não estava sorrindo. O coração descompassado de Ananias parou e ele não pode mais respirar, findando ali a sua vida.

· At 5:7-10 - Três horas se passaram, e Safira manteve a mentira que havia combinado com seu marido, sem saber o que havia acontecido. O resultado foi drástico para a esposa.

· Deus feriu com severidade a Ananias e Safira para que se manifestasse Sua aversão a todo engano, mentira e desonestidade no Seu reino. O ato daquele casal mereceu o justo juízo de Deus (Ef 1:4; Hb 13:12).

· At 5:5, 11 - Houve um grande temor em toda a Igreja – O julgamento divino contra o pecado de Ananias e Safira levou a um aumento de humildade, reverência e temor do povo para com um Deus santo.

· Sem o devido temor do Senhor Jeová e da Sua ira contra o pecado, o povo de Deus voltará, em pouco tempo, aos caminhos ímpios do mundo, cessará de experimentar o derramamento do Espírito Santo e a presença milagrosa de Deus, sendo-lhe cortado o fluxo da graça divina (Pv 11:1; 12:22; 20:10, 17).

· Leiamos mais vez At 5:12-16 e perguntemos a nós mesmos:
· (1) - A disciplina de nossa Igreja é tal que os membros temem pecar?
· (2) - O povo do mundo receia o ambiente entre nós, porque o pecado é descoberto e disciplinado pelo Espírito Santo?
· (3) - Se os apóstolos tivessem tolerado o pecado de Ananinas e Safira, permitindo o casal ficar em seu meio, os pecadores teriam entregado suas vidas ao Senhor?
· A comunidade observou que existia um povo que não suportava pecado! Anelou em viver numa Igreja onde tinha certeza de que todo engano e pecado eram corrigidos! Os que se conformam com o pecado e não querem viver uma vida santa, sempre evitam tais Igrejas!

· Depois da disciplina de Ananias e Safira, a Igreja ficou tão cheia da virtude do Espírito Santo, que os enfermos sobre os quais caísse a sombra de Pedro, eram curados!
· Desta forma, a disciplina é uma bênção e uma necessidade na Igreja (At 5:11; II Ts 3:6-14; Rm 16:17-18).
III - O DESCASO COM O PECADO NA IGREJA:

· Leiamos I Cor 5 – Nesta passagem bíblica, o transgressor prosseguiu na Igreja como se nada tivesse acontecido.

· A congregação, por sua vez, ignorou o assunto. Tratava-se de um pecado hediondo: Um membro da Igreja estava vivendo com sua madrasta, conjugalmente. A lei de Deus condenava tais práticas (Lv 18, Dt 22; 27; 30). No Sermão da Montanha, Jesus confirmou esses ensinos (Mt 5.17, 18).

· Era preciso restaurar o irmão transgressor e, ao mesmo tempo, corrigir a atitude repreensível da Igreja.
· Podemos observar do texto bíblico em comento:
· (A) - O terrível pecado de comissão daquele cristão de Corinto: "Quem abusa da mulher de seu pai". Um pecado abominável de perversão sexual.

· (B) - O escândalo público daquele pecado continuado, sem disciplina da Igreja: "Geralmente se ouve que há entre vós".

· (C) - A espiritualidade de uma Igreja não é garantia contra incursões do pecado na vida dos crentes. Operavam na Igreja de Corinto os dons espirituais, mas isso não isentou os crentes de problemas e males.


· (D) - Crentes divididos e orgulhosos como os de Corinto (I Cor 3) ficam enfraquecidos e tornam-se presa fácil do inimigo.


· (E) - Paulo estava ausente, mas é como se estivesse presente. É a unidade cristã - Ef 4.2-6 cf I Cor 5:4.


· (F) – I Cor 5:5 - "Para destruição da carne" - No original, esta expressão não tem o sentido de aniquilar, mas de arruinar. Certamente um tipo de enfermidade maligna tendo como objetivo a salvação do espírito. Um caso parecido temos em I Tm 1.20.


· (G) – I Cor 5:6-8 - O "Fermento" na massa espiritual da Igreja - Diz o adágio: "Um soldado inimigo dentro do nosso acampamento é pior do que mil do lado de fora".


· (H) – I Cor 5:9-12 - O crente não deve comungar com incrédulos. “Comer” não é apenas deglutir o alimento, mas também entrar em acordo, aprovar e comungar.


· (I) – I Cor 5:13 – Um santa congregação do Senhor Jesus Cristo:


· (I.1) - Não deve sancionar conduta imoral de ninguém;


· (I.2) - Deve manter a pureza do Evangelho (Mt 13.47-49);


· (I.3) - O viver do crente deve ser bem diferente do viver do incrédulo; e


· (I.4) - A Igreja, como corpo local, tem o direito de disciplinar os membros faltosos.


IV – FORMAS DE DISCIPLINA A SEREM APLICADAS:


· Conforme a gravidade do caso, duas formas de disciplinas devem aplicadas na Igreja:


· (1) - ADVERTÊNCIA E EXORTAÇÃO PESSOAL (Mt 18:15; Gl 6:1);


· (2) - VISITAÇÃO ACOMPANHADA (I Cor 4:14-21; Mt 18:15-17);


· (3) - ADVERTÊNCIA PÚBLICA (I Tm 5:20);


· (4) - COMUNICAÇÃO ESCRITA (II Cor 7:8-10);


· (5) - A SUSPENSÃO DA IGREJA- II Ts 3:14-15 - é uma forma menos rigorosa, em que o faltoso fica sujeito a uma suspensão de algum cargo que ocupa, da santa ceia, etc. Contudo, ele continua membro da Igreja ou, como diz a Bíblia, deve ser tratado como irmão. Tudo com a finalidade de ajudá-lo a despertar e consertar-se.


· (6) - A EXCLUSÃO - quando as outras medidas não surtirem efeito, então resta somente o último recurso: A EXCLUSÃO DA IGREJA. O faltoso é então separado da comunhão com a Igreja, isto é, não é mais considerado membro, mas como gentio e publicano. Nesse caso, o ato de exclusão é apenas uma expressão daquilo que o Senhor da Igreja já fez – Mt 18:17.


IV.1 - OBSERVAÇÕES:


· (1ª) - O objetivo principal da disciplina cristã não deve ser ignorar o faltoso ou tornar-se indiferente com ele, tampouco perdê-lo, mas ganhá-lo de volta para Cristo (Tg 5:19-20). Esta tarefa é para pessoas espirituais (Gl 6:1-2)


· (2ª) - Sempre que for possível, a pessoa disciplinada ou desviada deve ser visitada e procurada, visando-se a sua restauração espiritual.


· (3ª) - A disciplina, quando aplicada segundo o espírito de Cristo, não se destina a empurrar a pessoa para o inferno, e, sim, livrá-la de lá (se essa pessoa entrar pelo caminho do arrependimento, do abandono dos seus pecados e do perdão da Igreja) – II Cor 2:6-10.


V – CONSIDERAÇÕES FINAIS:


· As marcas da Igreja, em particular, são: A FIEL PREGAÇÃO DA PALAVRA; A CORRETA MINISTRAÇÃO DOS SACRAMENTOS e O FIEL EXERCÍCIO DA DISCIPLINA.


· O fiel exercício de disciplina é deveras essencial para a manutenção da pureza da doutrina e para salvaguardar a santidade dos sacramentos. As Igrejas que relaxarem na disciplina, mais cedo ou mais tarde, sofrerão, em sua esfera de influência, um eclipse da luz da verdade e abusos nas coisas santas. Daí, a Igreja que quiser permanecer fiel ao seu ideal, na medida em que isto é possível na terra, deverá ser diligente e conscienciosa no exercício da disciplina cristã.


· Lembremo-nos: DEUS CONTINUA SENDO SANTO! ELE NUNCA DEIXOU E NEM DEIXARÁ PASSAR IMPUNEMENTE O PECADO NA IGREJA!






FONTES DE CONSULTA:


1. A Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD


2. Disciplinas do Homem Cristão – CPAD – R. Kent Hugles


3. Lições Bíblicas – 3º Trimestre de 1997 – Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima


4. Fonte de consulta:


5. Lições Bíblicas – CPAD – 4° Trimestre de 1997 – Comentarista: Antônio Gilberto

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

O Derramamento do Espírito Santo no Pentecostes


I – INTRODUÇÃO:
• O Batismo com o Espírito Santo é o cumprimento da promessa do Pai, a expressão dos méritos de Cristo e a feliz experiência de muitos salvos.
II - O FUNDAMENTO BÍBLICO E HISTÓRICO DO BATISMO COM O ESPÍRITO:
• O evento do batismo com o Espírito Santo não surpreendeu, nem trouxe confusão aos estudantes das Escrituras do Antigo Testamento. Ao contrário, era uma bênção já prometida, relacionada com o plano divino da salvação em Cristo.
• A experiência do batismo com o Espírito Santo tem-se feito numa das pedras basilares da doutrina pentecostal, por vários séculos, como uma doutrina tanto bibliocêntrica quanto prática e experimental.
1. PROFECIA DE JOEL - Joel, um dos profetas menores, tem sido chamado “profeta do Pentecoste”, por causa de suas profecias correspondentes ao derramamento do Espírito Santo. Foi à profecia de Joel que Pedro se referiu no dia de Pentecoste, para explicar às multidões o fenômeno que ocorria (At 2.16-18).
2. PROFECIA DE ISAÍAS - Houve outras profecias quanto à vinda do Espírito Santo. Vejamos o que Deus disse por intermédio do profeta Isaías - Is 44.3.
3. PROFECIA DE JOÃO BATISTA - Mt 3:11 – Mais de quinhentos anos haviam-se passado desde que a profecia do Senhor fora dada a Joel, quando, pelas campinas verdejantes da Judéia e pelas margens úmidas do Jordão, apareceu João Batista. O precursor de Jesus, disse que batizava com água para arrependimento, mas viria um maior do que ele, o qual balizaria com o Espírito Santo e com fogo.
• É demais familiar a muitos estudantes da Bíblia que a palavra grega usada por João é “baptizein”, que significa "imergir", "mergulhar". Ou seja, os crentes foram imersos, envolvidos no Espírito.
4. JESUS PREDISSE E PROMETEU – Não tardou até que Cristo, na força do Espírito, começasse o seu ministério, no desenvolver do qual, também falou sobre a obra do Espírito Santo, começando com o novo nascimento, seguindo-se o batismo com o mesmo Espírito. Ele próprio disse quando de sua estada numa festa dos judeus em Jerusalém – Jo 7:38-39.
• Após ressuscitar dos mortos, noutro lugar, antes de subir para o Pai, diante dos seus discípulos, outra vez disse Jesus: At 1.5.
• Após ter dito isto, foi Jesus elevado ao Céu, e, já à mão direita do Pai, cumpre o que prometeu, conforme registra Atos 2.1-13.
• Os anos e os séculos vão se escoando e o momento do arrebatamento da Igreja se aproximando, enquanto milhões de pentecostais, espalhados por todos os continentes, têm experimentado a realidade do cumprimento da promessa do batismo com o Espírito Santo.
• Jesus não somente predisse, mas prometeu que enviaria o Espírito Santo de modo especial - Jo 14.16,17 cf Lc 24.49; At 1:5, 8.
III – A VIGÊNCIA BÍBLICA DAS LÍNGUAS:
• Iniciamos este tópico com a seguinte pergunta: AS LÍNGUAS FORAM ABOLIDAS?
• Os que dizem que sim, baseiam-se em I Cor 13:8-12, afirmando que "a Bíblia" é “O QUE É PERFEITO”. 
• Respondemos: É claro que a Bíblia é perfeita, mas nosso modo de compreender a Bíblia é imperfeito.
• Ensinam, ainda, que as línguas cessaram. 
• Respondemos com as seguintes perguntas: Mas, a ciência? Será que passou? Será que as profecias desapareceram?
• Enfim, tudo isso só terminará quando chegarmos nos céus. Lá é que não haverá necessidade de nada disso.

- Leiamos ainda I Cor 14:2
- A expressão "MISTÉRIOS" = SEGREDOS DIVINOS NO ESPÍRITO.
• Quando chegarmos ao céu, não haverá mais mistérios ou segredos, de modo que não será necessário falar em línguas. Enquanto, porém, ainda estivermos aqui (fora do céu), as línguas não cessarão.
• Desta forma, cremos que o falar em línguas estranhas é sinal invariável do batismo com o Espírito Santo, que o crente fala em línguas estranhas, quando é batizado com o Espírito Santo e que fala línguas sempre que permanece cheio do Espírito Santo!

1. O TESTEMUNHO DAS EXPERIÊNCIAS ATUAIS - É fato atestado pela experiência de milhares de servos de Deus, durante séculos, em todo o mundo, que as línguas estranhas se manifestam sempre num transbordar profundo de alegria espiritual, quando o crente está cheio do Espírito.
• Talvez tenha relação a isso a expressão de Lucas: "E os discípulos estavam cheios de alegria e do Espírito Santo"(At 13.52).
• Sem dúvida, por isso, Paulo insista: “Eu quero que todos vós faleis línguas estranhas..." (l Co 14.5).

2. AS EXPERIÊNCIAS DE PAULO QUANTO ÀS LÍNGUAS – At 9:17-18 - Em muitos pontos de vista, as experiências do apóstolo Paulo vão além das nossas atualmente; mas no que diz respeito às línguas estranhas não divergem das nossas. É a conclusão a que chegaremos pelo estudo do trecho que se segue.
- O texto bíblico não diz claramente que ele tenha falado em línguas, mas diz que ele foi cheio do Espírito Santo.
• Paulo não teria sido batizado com o Espírito Santo ou foi batizado e não falou em línguas?

- Uma vez que Paulo diz falar mais línguas que os coríntios (l Co 14.18), a opinião mais comum entre comentaristas das Escrituras é que ele tenha falado em línguas, quando foi cheio do Espírito Santo.
• Se Paulo não fosse batizado com o Espírito Santo, não saberia orientar os crentes em Éfeso, quanto à importância do batismo, e não os teria entendido, quando depois de orar por eles, "tanto falavam em línguas como profetizavam"(At 19.1-6).

3. NO DIA DE PENTECOSTE - O batismo no Espírito Santo, no dia de Pentecoste, foi uma experiência que aconteceu com indivíduos e não meramente a um grupo coletivo. É válido observar que este enchimento individual deu cumprimento à promessa de Jesus em João 7.37-38.
• Cada crente no Cenáculo ficou cheio do Espírito Santo no dia de Pentecoste. Cada um falou em outras línguas pelo poder sobrenatural do Espírito Santo (At 2.1-4).

4. NA CASA DE CORNÉLIO (DEZ ANOS APÓS O PENTECOSTE) - At 10.44-46 - Deus revelara a Pedro que isto iria acontecer e como seria possível. O apóstolo estava cheio de preconceitos contra os gentios, mas Deus usou-o para abrir a eles a porta da graça pela pregação do Evangelho. Então ocorreu uma coisa maravilhosa. Enquanto Pedro continuava seu sermão, repentinamente ouviu alguma coisa fora do comum. Os gentios da casa de Cornélio, o centurião romano, estavam falando em línguas e glorificando a Deus (At 10.46).
• Mais tarde, quando Pedro comentava esse incidente com os apóstolos e os demais irmãos em Jerusalém, definitivamente relacionou a salvação desses gentios com o derramamento inicial do Espírito Santo no dia de Pentecoste (At 11.14-16).
• Foi a ênfase dada pelo apóstolo Pedro e seus companheiros ao fato de que os gentios em Cesaréia haviam recebido o dom do Espírito Santo da mesma forma como os quase cento e vinte no dia de Pentecoste, que apaziguou o ânimo dos apóstolos em Jerusalém, de sorte que disseram: "Na verdade até aos gentios deu Deus o arrependimento para a vida" (At 11.18).

5. EM SAMARIA - Os informativos de como os samaritanos receberam o batismo com o Espírito parecem omitir qualquer menção à "glossolália". Não há referência direta ao falar em línguas, mas há fortes evidências de que houve línguas estranhas naquela ocasião, como em outras anteriores (At 8.14-19). A terminologia é distinta - "porque não havia descido sobre nenhum deles". É semelhante àquela usada a respeito do que aconteceu em Cesaréia.
• Se não houvesse algum sinal exterior, se Simão não tivesse visto algo diferente acontece, nada teria a cobiçar. O mago não iria oferecer dinheiro aos apóstolos em troca do poder de provocar aqueles fenômenos, se ele não os tivesse visto? Cremos, portanto, que houve línguas estranhas (At 8.20-21).

6. SOBRE OS DISCÍPULOS EM ÉFESO (VINTE ANOS APÓS O PENTECOSTE) - At 19.6 - Mesmo com o passar do tempo, o batismo com o Espírito Santo ainda era acompanhado com a evidência física inicial de falar línguas estranhas. Esta evidência satisfazia não só a um dos requisitos da doutrina apostólica, quanto à manifestação do Espírito, como também cumpria fielmente as palavras de Jesus – Mc 16:17.
- Para quem é a promessa? (At 2.39) 

– Vejamos a resposta de Pedro:
- a) "...a promessa vos diz respeito a vós" - aos judeus ali presentes, representando os demais contemporâneos ou à nação com quem Deus fizera aliança;
- b) "a vossos filhos" - aos que existiam então e às gerações sucessivas;
- c) "e a todos os que estão longe" - isto é, para quantos o Senhor nosso Deus chamar.
- d) Para todos em todo o tempo. Isto significa que a gloriosa experiência do batismo no Espírito Santo foi designada por Deus para todos os crentes, desde o dia de Pentecoste até o fim da presente era.
- O enchimento do Espírito Santo, testemunhado pelo falar em línguas como aconteceu no dia de Pentecoste, deve ser modelo para essa experiência, para qualquer indivíduo, através da dispensação da Igreja.
• Assim, em todos os casos em que os crentes foram balizados com o Espírito Santo, referidos em Atos, fica claramente demonstrado ou fortemente subentendido que os que receberam o batismo no Espírito Santo falaram em novas línguas ou línguas estranhas!







IV - IMPORTÂNCIA DAS LÍNGUAS ESTRANHAS:
• A importância das línguas estranhas se revela nos seguintes passos:

1) LÍNGUAS, SINAL INICIAL – (At 2:4) – As línguas são a evidência ou sinal inicial do batismo com o Espírito Santo. Logo, a primeira razão por que as pessoas devem falar em outras línguas é porque se trata da evidência sobrenatural que o Espírito Santo habita em nós – At 10:46.
2) FALAR EM LÍNGUAS É UMA CONVERSA COM DEUS – I Cor 14:2, 28 - Não é, de fato, um grande privilégio falar com Deus em línguas dada pelo Espírito Santo? Isto acontece quando falamos em línguas estranhas e sempre com grande alegria.
3) AS LÍNGUAS SÃO PARA EDIFICAÇÃO ESPIRITUAL – (I Cor 14:4) – A palavra EDIFICAR = CONSTRUIR. Numa linguagem mais simplificada = CARREGAR, EM CONEXÃO COM CARREGAR UMA BATERIA.
• Paulo ordena aos coríntios a continuarem sua prática de falar em línguas nos seus cultos e na sua vida de oração. Falar ou orar em outras línguas é um meio de edificação espiritual, de reforçar espiritualmente o crente.

• I Cor 14:2 – “FALA MISTÉRIOS” = FALA SEGREDOS DIVINOS.
• I Cor 14:14 – Notemos que Paulo disse: “O MEU ESPÍRITO ORA”.
• Quando oramos em línguas, o nosso espírito ora, pois está em contato direto com Deus (que é Espírito); está conversando com o Senhor em linguagem divina e sobrenatural. O falar em línguas não é edificação mental, mas espiritual.
• Assim, se através das línguas estranhas falamos com Deus, é muito lógico admitir que temos nelas um edificante meio divino para edificação própria.

4) AS LÍNGUAS SÃO RECURSOS DIVINOS PARA ORARMOS EFICAZMENTE – I Cor 14:15 - Não há dúvida de que isto acontece quando o crente fala em línguas "consigo mesmo, e com Deus"(l Co 14.28).
5) AS LÍNGUAS MANTÊM NOSSAS ORAÇÕES EM CONFORMIDADE COM A VONTADE DE DEUS, CAPACITANDO-NOS A ORAR POR AQUILO QUE DESCONHECEMOS – (Rm 8:26) – Normalmente oramos desta maneira: “Senhor abençoe a mim, a minha esposa, aos meus filhos, ao irmão fulano de tal e a sua família...”
• Mas, observemos: O texto não diz que não sabemos orar, porque já sabemos. No entanto, não é porque já sabemos orar, que também sabemos que devemos pedir em oração.
• No grego, este versículo assim nos diz: “O ESPÍRITO SANTO FAZ INTERCESSÃO POR NÓS COM GEMIDOS QUE NÃO PODEM SER EXPRESSADOS EM LINGUAGEM ARTICULADA (fala comum, compreensível)”.
• Logo, indica que o texto grego inclui não SOMENTE OS GEMIDOS NA ORAÇÃO, como também O FALAR OUTRAS LÍNGUAS (I Cor 14:14)
6) ORAR OU FALAR EM LÍNGUAS AJUDA E ESTIMULA A FÉ - Jd 20 – Justamente porque o Espírito Santo dirige de modo sobrenatural as palavra que falamos em línguas, a fé precisa ser exercida para falá-las, porque não sabemos qual virá a ser a palavra seguinte. Devemos confiar em Deus quanto a elas. Quando falamos ou oramos em línguas, somos ajudados a crer em Deus por ainda mais coisas: Isto estimula a nossa fé.
7) ORAR OU FALAR EM LÍNGUAS É UM MEIO DE NOS MANTER LIVRES DA CONTAMINAÇÃO DO MUNDO – (I Cor 14:28) – Independente de onde estivermos, poderemos fazer o que manda este versículo. Se conseguimos fazer assim na Igreja, conseguiremos fazê-lo no lugar onde nos encontramos. Não perturbaremos ninguém. Podemos falar conosco mesmos e com Deus. Assim evitaremos que fiquemos contaminados com as coisas do mundo, das conversas profanas, ímpias e grosseiras que há em nosso redor.
8) ORAR OU FALAR EM LÍNGUAS DÁ REFRIGÉRIO ESPIRITUAL – (Is 28:11-12) – Às vezes o médico nos manda tirar um período de repouso para o bem da saúde. Podemos dizer que o melhor repouso terapêutico espiritual no mundo inteiro é: FALAR OU ORAR EM LÍNGUA. Podemos aplicar esta “cura” todos os dias. Nesses dias de tumulto, de insegurança, de perplexidade, precisamos desse repouso e refrigério – e o recebemos por meio de falar ou orar em línguas.
9) AO ORAR OU FALAR EM LÍNGUAS DAMOS GRAÇAS COM PERFEIÇÃO - I Cor 14:15-17 – Paulo disse que os indoutos, em questões espirituais, não seriam edificados, se eu orasse em línguas, porque não me entenderiam. Nesse caso, seria melhor eu orar com o meu entendimento; se eu orar em línguas, deve ser interpretado para saberem o que eu estou dizendo. Notemos, porém, que Paulo disse que falar em línguas fornece o meio mais perfeito de orar e dar graças, porque “TU, DE FATO, DÁS BEM AS GRAÇAS”.
10) FALAR OU ORAR EM LÍNGUAS SUBMETE A LÍNGUA À SUJEIÇÃO DO ESPÍRITO SANTO – (Tg 3:8) – Submeter nossa língua ao Espírito Santo enquanto falamos ou oramos em línguas é um passo grande na direção de entregar plenamente todo o nosso corpo a Deus. Se conseguirmos submeter a nossa língua ao Espírito Santo, conseguiremos submeter qualquer membro do nosso corpo.



V - RELAÇÃO DO BATISMO COM O NOVO NASCIMENTO:
• Certamente já nos deparamos com alguns cristãos que crêem que foram balizados com o Espírito Santo quando nasceram de novo ou se converteram. Esses necessitam de melhor instrução neste sentido.
1) DIFERENÇA ENTRE O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO E O NOVO NASCIMENTO - É verdade que o Espírito Santo tem grande parte na operação do novo nascimento, mas o seu trabalho em tal ocasião é muito diferente do que ocorre subsequentemente ao ato da conversão (novo nascimento).
• É certo, também, que há casos em que o batismo com o Espírito Santo pode, na prática, ocorrer simultaneamente ao novo nascimento, ou seja, no momento da conversão (At 10.44-46).
• O novo nascimento é a experiência espiritual decisiva, pela qual a alma é renovada pelo Espírito Santo, mediante a comunicação da vida divina. É o poder do Espírito que transmite ao crente uma nova natureza.
2) O QUE É O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO – É um ato de Deus pelo qual o Espírito vem sobre o crente e o enche plenamente. É a vinda do Espírito Santo para encher e apoderar-se do filho de Deus como propriedade exclusiva sua.
• O Espírito outorga os seus variados ministérios de acordo com a sua vontade soberana, dando aos crentes poder para testemunhar de Cristo e por Cristo na proclamação do seu evangelho. Para isto, é dotado pelo Espírito de lábios ungidos – At 2.4; 8.5-8; 13.17.

VI - PROPÓSITOS DO BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO:
• Podemos observar em toda a Bíblia que todos os atos de Deus estão relacionados com os seus elevados propósitos.
• Já sabemos que o batismo com o Espírito Santo é doutrina bíblica e se destina a todos os crentes, independentemente do tempo e da denominação à qual estejam filiados. Mas, quais os propósitos do batismo com o Espírito Santo? Dentre estes, atentemos para os seguintes:
1) VIVER ABUNDANTEMENTE PARA DEUS - Jo 7.38,39 - Do momento do novo nascimento até à morte ou à glorificação, a vida do cristão deverá estar identificada com o progresso espiritual, marcado por uma vida de submissão e de comunhão com Deus.
2) IDENTIFICAR O CRENTE COM CRISTO - Lc 4.18,19 - Disse o Dr. A.B. Simposon, fundador da Aliança Bíblica Missionária: "Primeiro, o Senhor nasceu pelo Espírito, e posteriormente iniciou seu ministério no poder do Espírito Santo. Espero que assim como 'o que santifica, como os que são santificados, são todos um', de igual maneira nós devemos seguir seus passos e imitar sua vida. Nascidos no Espirito nós também devemos ser batizados com o Espírito Santo, e logo viver a vida de Cristo e repetir sua obra".
3) PODER OU AUTORIDADE PARA TESTEMUNHAR - At 1.8; 4.4 - A experiência da salvação do homem começa no Calvário, enquanto que o seu serviço começa no Pentecoste, ou seja, com a experiência do batismo com o Espírito Santo.
• Um dos propósitos desse batismo é melhor expresso nas seguintes palavras de Jesus: “Vós sereis minhas testemunhas”. O batismo no Espírito Santo habilita os crentes a testemunharem efetivamente de Cristo com intrepidez, inclusive nas circunstâncias mais difíceis e perigosas. Era o mesmo motivo pelo qual os apóstolos davam, com grande poder, testemunhos da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça – At 4.33.
• O crente, pois, corre um sério risco, uma vez batizado com o Espírito Santo, se não assumir uma vida de compromisso com o testemunho cristão.

VII – CONSIDERAÇÕES FINAIS:
- O batismo com o Espírito Santo, como promessa, é algo não apenas para ser desejado e buscado pelo crente. Mais do que isto, como doutrina bíblica deverá ser corretamente compreendido.
- No decorrer dos anos, muitíssimos conceitos errôneos têm surgido a respeito do batismo com o Espírito Santo. Muitas "boas intenções" têm contribuído para se generalizarem tais conceitos. De um lado estão os anti-pentecostais a confundirem o batismo com o Espírito Santo com a conversão, com o novo nascimento. Do outro lado estão muitas correntes "renovacionistas" e "carismáticas" falando dum batismo com o Espírito Santo alheio à autenticidade.
- No entanto, o dia de Pentecoste foi um dia modelo para a Igreja, e continua sendo. Como resultado da experiência do Pentecoste, Pedro pregou com tal poder, que três mil almas se converteram. Com autoridade sobrenatural acusou os seus ouvintes judeus de haverem entregue à morte o Filho de Deus e exortou-os a se arrependerem de seus pecados. Isto disse como prelúdio, para logo informar-lhes que a conversão a Cristo resultaria em receber a mesma experiência que observavam, com sinais poderosamente evidentes (At 2.22-24,38).
- Falar em línguas estranhas é uma correnteza que flui e que nunca deve secar-se, pois enriquecerá espiritualmente a vida dos servos de Deus (Is 44:3-5 cf Ez 47:1-12)

FONTES DE CONSULTA:
• LIÇÕES BÍBLICAS CPAD – 3º TRIMESTRE DE 1988 – COMENTARISTA: Raimundo de Oliveira
• LIÇÕES BÍBLICAS CPAD – 4º TRIMESTRE DE 1989 – COMENTARISTA: ESTEVAM ÂNGELO DE SOUZA
• Oliveira, Raimundo F. de - A Doutrina Pentecostal Hoje – CPAD