terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

O Derramamento do Espírito Santo no Pentecostes


I – INTRODUÇÃO:
• O Batismo com o Espírito Santo é o cumprimento da promessa do Pai, a expressão dos méritos de Cristo e a feliz experiência de muitos salvos.
II - O FUNDAMENTO BÍBLICO E HISTÓRICO DO BATISMO COM O ESPÍRITO:
• O evento do batismo com o Espírito Santo não surpreendeu, nem trouxe confusão aos estudantes das Escrituras do Antigo Testamento. Ao contrário, era uma bênção já prometida, relacionada com o plano divino da salvação em Cristo.
• A experiência do batismo com o Espírito Santo tem-se feito numa das pedras basilares da doutrina pentecostal, por vários séculos, como uma doutrina tanto bibliocêntrica quanto prática e experimental.
1. PROFECIA DE JOEL - Joel, um dos profetas menores, tem sido chamado “profeta do Pentecoste”, por causa de suas profecias correspondentes ao derramamento do Espírito Santo. Foi à profecia de Joel que Pedro se referiu no dia de Pentecoste, para explicar às multidões o fenômeno que ocorria (At 2.16-18).
2. PROFECIA DE ISAÍAS - Houve outras profecias quanto à vinda do Espírito Santo. Vejamos o que Deus disse por intermédio do profeta Isaías - Is 44.3.
3. PROFECIA DE JOÃO BATISTA - Mt 3:11 – Mais de quinhentos anos haviam-se passado desde que a profecia do Senhor fora dada a Joel, quando, pelas campinas verdejantes da Judéia e pelas margens úmidas do Jordão, apareceu João Batista. O precursor de Jesus, disse que batizava com água para arrependimento, mas viria um maior do que ele, o qual balizaria com o Espírito Santo e com fogo.
• É demais familiar a muitos estudantes da Bíblia que a palavra grega usada por João é “baptizein”, que significa "imergir", "mergulhar". Ou seja, os crentes foram imersos, envolvidos no Espírito.
4. JESUS PREDISSE E PROMETEU – Não tardou até que Cristo, na força do Espírito, começasse o seu ministério, no desenvolver do qual, também falou sobre a obra do Espírito Santo, começando com o novo nascimento, seguindo-se o batismo com o mesmo Espírito. Ele próprio disse quando de sua estada numa festa dos judeus em Jerusalém – Jo 7:38-39.
• Após ressuscitar dos mortos, noutro lugar, antes de subir para o Pai, diante dos seus discípulos, outra vez disse Jesus: At 1.5.
• Após ter dito isto, foi Jesus elevado ao Céu, e, já à mão direita do Pai, cumpre o que prometeu, conforme registra Atos 2.1-13.
• Os anos e os séculos vão se escoando e o momento do arrebatamento da Igreja se aproximando, enquanto milhões de pentecostais, espalhados por todos os continentes, têm experimentado a realidade do cumprimento da promessa do batismo com o Espírito Santo.
• Jesus não somente predisse, mas prometeu que enviaria o Espírito Santo de modo especial - Jo 14.16,17 cf Lc 24.49; At 1:5, 8.
III – A VIGÊNCIA BÍBLICA DAS LÍNGUAS:
• Iniciamos este tópico com a seguinte pergunta: AS LÍNGUAS FORAM ABOLIDAS?
• Os que dizem que sim, baseiam-se em I Cor 13:8-12, afirmando que "a Bíblia" é “O QUE É PERFEITO”. 
• Respondemos: É claro que a Bíblia é perfeita, mas nosso modo de compreender a Bíblia é imperfeito.
• Ensinam, ainda, que as línguas cessaram. 
• Respondemos com as seguintes perguntas: Mas, a ciência? Será que passou? Será que as profecias desapareceram?
• Enfim, tudo isso só terminará quando chegarmos nos céus. Lá é que não haverá necessidade de nada disso.

- Leiamos ainda I Cor 14:2
- A expressão "MISTÉRIOS" = SEGREDOS DIVINOS NO ESPÍRITO.
• Quando chegarmos ao céu, não haverá mais mistérios ou segredos, de modo que não será necessário falar em línguas. Enquanto, porém, ainda estivermos aqui (fora do céu), as línguas não cessarão.
• Desta forma, cremos que o falar em línguas estranhas é sinal invariável do batismo com o Espírito Santo, que o crente fala em línguas estranhas, quando é batizado com o Espírito Santo e que fala línguas sempre que permanece cheio do Espírito Santo!

1. O TESTEMUNHO DAS EXPERIÊNCIAS ATUAIS - É fato atestado pela experiência de milhares de servos de Deus, durante séculos, em todo o mundo, que as línguas estranhas se manifestam sempre num transbordar profundo de alegria espiritual, quando o crente está cheio do Espírito.
• Talvez tenha relação a isso a expressão de Lucas: "E os discípulos estavam cheios de alegria e do Espírito Santo"(At 13.52).
• Sem dúvida, por isso, Paulo insista: “Eu quero que todos vós faleis línguas estranhas..." (l Co 14.5).

2. AS EXPERIÊNCIAS DE PAULO QUANTO ÀS LÍNGUAS – At 9:17-18 - Em muitos pontos de vista, as experiências do apóstolo Paulo vão além das nossas atualmente; mas no que diz respeito às línguas estranhas não divergem das nossas. É a conclusão a que chegaremos pelo estudo do trecho que se segue.
- O texto bíblico não diz claramente que ele tenha falado em línguas, mas diz que ele foi cheio do Espírito Santo.
• Paulo não teria sido batizado com o Espírito Santo ou foi batizado e não falou em línguas?

- Uma vez que Paulo diz falar mais línguas que os coríntios (l Co 14.18), a opinião mais comum entre comentaristas das Escrituras é que ele tenha falado em línguas, quando foi cheio do Espírito Santo.
• Se Paulo não fosse batizado com o Espírito Santo, não saberia orientar os crentes em Éfeso, quanto à importância do batismo, e não os teria entendido, quando depois de orar por eles, "tanto falavam em línguas como profetizavam"(At 19.1-6).

3. NO DIA DE PENTECOSTE - O batismo no Espírito Santo, no dia de Pentecoste, foi uma experiência que aconteceu com indivíduos e não meramente a um grupo coletivo. É válido observar que este enchimento individual deu cumprimento à promessa de Jesus em João 7.37-38.
• Cada crente no Cenáculo ficou cheio do Espírito Santo no dia de Pentecoste. Cada um falou em outras línguas pelo poder sobrenatural do Espírito Santo (At 2.1-4).

4. NA CASA DE CORNÉLIO (DEZ ANOS APÓS O PENTECOSTE) - At 10.44-46 - Deus revelara a Pedro que isto iria acontecer e como seria possível. O apóstolo estava cheio de preconceitos contra os gentios, mas Deus usou-o para abrir a eles a porta da graça pela pregação do Evangelho. Então ocorreu uma coisa maravilhosa. Enquanto Pedro continuava seu sermão, repentinamente ouviu alguma coisa fora do comum. Os gentios da casa de Cornélio, o centurião romano, estavam falando em línguas e glorificando a Deus (At 10.46).
• Mais tarde, quando Pedro comentava esse incidente com os apóstolos e os demais irmãos em Jerusalém, definitivamente relacionou a salvação desses gentios com o derramamento inicial do Espírito Santo no dia de Pentecoste (At 11.14-16).
• Foi a ênfase dada pelo apóstolo Pedro e seus companheiros ao fato de que os gentios em Cesaréia haviam recebido o dom do Espírito Santo da mesma forma como os quase cento e vinte no dia de Pentecoste, que apaziguou o ânimo dos apóstolos em Jerusalém, de sorte que disseram: "Na verdade até aos gentios deu Deus o arrependimento para a vida" (At 11.18).

5. EM SAMARIA - Os informativos de como os samaritanos receberam o batismo com o Espírito parecem omitir qualquer menção à "glossolália". Não há referência direta ao falar em línguas, mas há fortes evidências de que houve línguas estranhas naquela ocasião, como em outras anteriores (At 8.14-19). A terminologia é distinta - "porque não havia descido sobre nenhum deles". É semelhante àquela usada a respeito do que aconteceu em Cesaréia.
• Se não houvesse algum sinal exterior, se Simão não tivesse visto algo diferente acontece, nada teria a cobiçar. O mago não iria oferecer dinheiro aos apóstolos em troca do poder de provocar aqueles fenômenos, se ele não os tivesse visto? Cremos, portanto, que houve línguas estranhas (At 8.20-21).

6. SOBRE OS DISCÍPULOS EM ÉFESO (VINTE ANOS APÓS O PENTECOSTE) - At 19.6 - Mesmo com o passar do tempo, o batismo com o Espírito Santo ainda era acompanhado com a evidência física inicial de falar línguas estranhas. Esta evidência satisfazia não só a um dos requisitos da doutrina apostólica, quanto à manifestação do Espírito, como também cumpria fielmente as palavras de Jesus – Mc 16:17.
- Para quem é a promessa? (At 2.39) 

– Vejamos a resposta de Pedro:
- a) "...a promessa vos diz respeito a vós" - aos judeus ali presentes, representando os demais contemporâneos ou à nação com quem Deus fizera aliança;
- b) "a vossos filhos" - aos que existiam então e às gerações sucessivas;
- c) "e a todos os que estão longe" - isto é, para quantos o Senhor nosso Deus chamar.
- d) Para todos em todo o tempo. Isto significa que a gloriosa experiência do batismo no Espírito Santo foi designada por Deus para todos os crentes, desde o dia de Pentecoste até o fim da presente era.
- O enchimento do Espírito Santo, testemunhado pelo falar em línguas como aconteceu no dia de Pentecoste, deve ser modelo para essa experiência, para qualquer indivíduo, através da dispensação da Igreja.
• Assim, em todos os casos em que os crentes foram balizados com o Espírito Santo, referidos em Atos, fica claramente demonstrado ou fortemente subentendido que os que receberam o batismo no Espírito Santo falaram em novas línguas ou línguas estranhas!







IV - IMPORTÂNCIA DAS LÍNGUAS ESTRANHAS:
• A importância das línguas estranhas se revela nos seguintes passos:

1) LÍNGUAS, SINAL INICIAL – (At 2:4) – As línguas são a evidência ou sinal inicial do batismo com o Espírito Santo. Logo, a primeira razão por que as pessoas devem falar em outras línguas é porque se trata da evidência sobrenatural que o Espírito Santo habita em nós – At 10:46.
2) FALAR EM LÍNGUAS É UMA CONVERSA COM DEUS – I Cor 14:2, 28 - Não é, de fato, um grande privilégio falar com Deus em línguas dada pelo Espírito Santo? Isto acontece quando falamos em línguas estranhas e sempre com grande alegria.
3) AS LÍNGUAS SÃO PARA EDIFICAÇÃO ESPIRITUAL – (I Cor 14:4) – A palavra EDIFICAR = CONSTRUIR. Numa linguagem mais simplificada = CARREGAR, EM CONEXÃO COM CARREGAR UMA BATERIA.
• Paulo ordena aos coríntios a continuarem sua prática de falar em línguas nos seus cultos e na sua vida de oração. Falar ou orar em outras línguas é um meio de edificação espiritual, de reforçar espiritualmente o crente.

• I Cor 14:2 – “FALA MISTÉRIOS” = FALA SEGREDOS DIVINOS.
• I Cor 14:14 – Notemos que Paulo disse: “O MEU ESPÍRITO ORA”.
• Quando oramos em línguas, o nosso espírito ora, pois está em contato direto com Deus (que é Espírito); está conversando com o Senhor em linguagem divina e sobrenatural. O falar em línguas não é edificação mental, mas espiritual.
• Assim, se através das línguas estranhas falamos com Deus, é muito lógico admitir que temos nelas um edificante meio divino para edificação própria.

4) AS LÍNGUAS SÃO RECURSOS DIVINOS PARA ORARMOS EFICAZMENTE – I Cor 14:15 - Não há dúvida de que isto acontece quando o crente fala em línguas "consigo mesmo, e com Deus"(l Co 14.28).
5) AS LÍNGUAS MANTÊM NOSSAS ORAÇÕES EM CONFORMIDADE COM A VONTADE DE DEUS, CAPACITANDO-NOS A ORAR POR AQUILO QUE DESCONHECEMOS – (Rm 8:26) – Normalmente oramos desta maneira: “Senhor abençoe a mim, a minha esposa, aos meus filhos, ao irmão fulano de tal e a sua família...”
• Mas, observemos: O texto não diz que não sabemos orar, porque já sabemos. No entanto, não é porque já sabemos orar, que também sabemos que devemos pedir em oração.
• No grego, este versículo assim nos diz: “O ESPÍRITO SANTO FAZ INTERCESSÃO POR NÓS COM GEMIDOS QUE NÃO PODEM SER EXPRESSADOS EM LINGUAGEM ARTICULADA (fala comum, compreensível)”.
• Logo, indica que o texto grego inclui não SOMENTE OS GEMIDOS NA ORAÇÃO, como também O FALAR OUTRAS LÍNGUAS (I Cor 14:14)
6) ORAR OU FALAR EM LÍNGUAS AJUDA E ESTIMULA A FÉ - Jd 20 – Justamente porque o Espírito Santo dirige de modo sobrenatural as palavra que falamos em línguas, a fé precisa ser exercida para falá-las, porque não sabemos qual virá a ser a palavra seguinte. Devemos confiar em Deus quanto a elas. Quando falamos ou oramos em línguas, somos ajudados a crer em Deus por ainda mais coisas: Isto estimula a nossa fé.
7) ORAR OU FALAR EM LÍNGUAS É UM MEIO DE NOS MANTER LIVRES DA CONTAMINAÇÃO DO MUNDO – (I Cor 14:28) – Independente de onde estivermos, poderemos fazer o que manda este versículo. Se conseguimos fazer assim na Igreja, conseguiremos fazê-lo no lugar onde nos encontramos. Não perturbaremos ninguém. Podemos falar conosco mesmos e com Deus. Assim evitaremos que fiquemos contaminados com as coisas do mundo, das conversas profanas, ímpias e grosseiras que há em nosso redor.
8) ORAR OU FALAR EM LÍNGUAS DÁ REFRIGÉRIO ESPIRITUAL – (Is 28:11-12) – Às vezes o médico nos manda tirar um período de repouso para o bem da saúde. Podemos dizer que o melhor repouso terapêutico espiritual no mundo inteiro é: FALAR OU ORAR EM LÍNGUA. Podemos aplicar esta “cura” todos os dias. Nesses dias de tumulto, de insegurança, de perplexidade, precisamos desse repouso e refrigério – e o recebemos por meio de falar ou orar em línguas.
9) AO ORAR OU FALAR EM LÍNGUAS DAMOS GRAÇAS COM PERFEIÇÃO - I Cor 14:15-17 – Paulo disse que os indoutos, em questões espirituais, não seriam edificados, se eu orasse em línguas, porque não me entenderiam. Nesse caso, seria melhor eu orar com o meu entendimento; se eu orar em línguas, deve ser interpretado para saberem o que eu estou dizendo. Notemos, porém, que Paulo disse que falar em línguas fornece o meio mais perfeito de orar e dar graças, porque “TU, DE FATO, DÁS BEM AS GRAÇAS”.
10) FALAR OU ORAR EM LÍNGUAS SUBMETE A LÍNGUA À SUJEIÇÃO DO ESPÍRITO SANTO – (Tg 3:8) – Submeter nossa língua ao Espírito Santo enquanto falamos ou oramos em línguas é um passo grande na direção de entregar plenamente todo o nosso corpo a Deus. Se conseguirmos submeter a nossa língua ao Espírito Santo, conseguiremos submeter qualquer membro do nosso corpo.



V - RELAÇÃO DO BATISMO COM O NOVO NASCIMENTO:
• Certamente já nos deparamos com alguns cristãos que crêem que foram balizados com o Espírito Santo quando nasceram de novo ou se converteram. Esses necessitam de melhor instrução neste sentido.
1) DIFERENÇA ENTRE O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO E O NOVO NASCIMENTO - É verdade que o Espírito Santo tem grande parte na operação do novo nascimento, mas o seu trabalho em tal ocasião é muito diferente do que ocorre subsequentemente ao ato da conversão (novo nascimento).
• É certo, também, que há casos em que o batismo com o Espírito Santo pode, na prática, ocorrer simultaneamente ao novo nascimento, ou seja, no momento da conversão (At 10.44-46).
• O novo nascimento é a experiência espiritual decisiva, pela qual a alma é renovada pelo Espírito Santo, mediante a comunicação da vida divina. É o poder do Espírito que transmite ao crente uma nova natureza.
2) O QUE É O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO – É um ato de Deus pelo qual o Espírito vem sobre o crente e o enche plenamente. É a vinda do Espírito Santo para encher e apoderar-se do filho de Deus como propriedade exclusiva sua.
• O Espírito outorga os seus variados ministérios de acordo com a sua vontade soberana, dando aos crentes poder para testemunhar de Cristo e por Cristo na proclamação do seu evangelho. Para isto, é dotado pelo Espírito de lábios ungidos – At 2.4; 8.5-8; 13.17.

VI - PROPÓSITOS DO BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO:
• Podemos observar em toda a Bíblia que todos os atos de Deus estão relacionados com os seus elevados propósitos.
• Já sabemos que o batismo com o Espírito Santo é doutrina bíblica e se destina a todos os crentes, independentemente do tempo e da denominação à qual estejam filiados. Mas, quais os propósitos do batismo com o Espírito Santo? Dentre estes, atentemos para os seguintes:
1) VIVER ABUNDANTEMENTE PARA DEUS - Jo 7.38,39 - Do momento do novo nascimento até à morte ou à glorificação, a vida do cristão deverá estar identificada com o progresso espiritual, marcado por uma vida de submissão e de comunhão com Deus.
2) IDENTIFICAR O CRENTE COM CRISTO - Lc 4.18,19 - Disse o Dr. A.B. Simposon, fundador da Aliança Bíblica Missionária: "Primeiro, o Senhor nasceu pelo Espírito, e posteriormente iniciou seu ministério no poder do Espírito Santo. Espero que assim como 'o que santifica, como os que são santificados, são todos um', de igual maneira nós devemos seguir seus passos e imitar sua vida. Nascidos no Espirito nós também devemos ser batizados com o Espírito Santo, e logo viver a vida de Cristo e repetir sua obra".
3) PODER OU AUTORIDADE PARA TESTEMUNHAR - At 1.8; 4.4 - A experiência da salvação do homem começa no Calvário, enquanto que o seu serviço começa no Pentecoste, ou seja, com a experiência do batismo com o Espírito Santo.
• Um dos propósitos desse batismo é melhor expresso nas seguintes palavras de Jesus: “Vós sereis minhas testemunhas”. O batismo no Espírito Santo habilita os crentes a testemunharem efetivamente de Cristo com intrepidez, inclusive nas circunstâncias mais difíceis e perigosas. Era o mesmo motivo pelo qual os apóstolos davam, com grande poder, testemunhos da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça – At 4.33.
• O crente, pois, corre um sério risco, uma vez batizado com o Espírito Santo, se não assumir uma vida de compromisso com o testemunho cristão.

VII – CONSIDERAÇÕES FINAIS:
- O batismo com o Espírito Santo, como promessa, é algo não apenas para ser desejado e buscado pelo crente. Mais do que isto, como doutrina bíblica deverá ser corretamente compreendido.
- No decorrer dos anos, muitíssimos conceitos errôneos têm surgido a respeito do batismo com o Espírito Santo. Muitas "boas intenções" têm contribuído para se generalizarem tais conceitos. De um lado estão os anti-pentecostais a confundirem o batismo com o Espírito Santo com a conversão, com o novo nascimento. Do outro lado estão muitas correntes "renovacionistas" e "carismáticas" falando dum batismo com o Espírito Santo alheio à autenticidade.
- No entanto, o dia de Pentecoste foi um dia modelo para a Igreja, e continua sendo. Como resultado da experiência do Pentecoste, Pedro pregou com tal poder, que três mil almas se converteram. Com autoridade sobrenatural acusou os seus ouvintes judeus de haverem entregue à morte o Filho de Deus e exortou-os a se arrependerem de seus pecados. Isto disse como prelúdio, para logo informar-lhes que a conversão a Cristo resultaria em receber a mesma experiência que observavam, com sinais poderosamente evidentes (At 2.22-24,38).
- Falar em línguas estranhas é uma correnteza que flui e que nunca deve secar-se, pois enriquecerá espiritualmente a vida dos servos de Deus (Is 44:3-5 cf Ez 47:1-12)

FONTES DE CONSULTA:
• LIÇÕES BÍBLICAS CPAD – 3º TRIMESTRE DE 1988 – COMENTARISTA: Raimundo de Oliveira
• LIÇÕES BÍBLICAS CPAD – 4º TRIMESTRE DE 1989 – COMENTARISTA: ESTEVAM ÂNGELO DE SOUZA
• Oliveira, Raimundo F. de - A Doutrina Pentecostal Hoje – CPAD

domingo, 30 de janeiro de 2011

SINAIS E MARAVILHAS NA IGREJA Heb.2:4


I – INTRODUÇÃO:
·      Os Evangelhos registram mais de 50 casos de operação de milagres efetuados por Jesus. Multidões foram curadas e libertadas do poder maligno e muitos foram ressuscita­dos. Eles incluem também a natu­reza. Mateus é o evangelista que re­gistra mais milagres de Jesus. Mateus é o Evangelho do Rei, e nele o Rei demonstra a Sua soberania sobre tudo, inclusive o império do mal e da morte. O Antigo Testa­mento já profetizava a respeito: "E o seu nome será: ... MARAVILHOSO" (Is 9.6).
II – O QUE É MILAGRE?:
·      A definição mais simples é: UMA INTERFERÊNCIA DE UMA LEI DIVINA SUPERIOR NAS LEIS NATURAIS, MEDIANTE PODER SOBRENATURAL. Um milagre divino vai além da com­preensão e capacidade intelectual e científica do homem.
·      Termos descritivos dos mi­lagres de Jesus - Há quatro termos originais; os três primeiros aparecem juntos em At 2.22: - “... A Jesus Nazareno, varão aprovado por Deus entre vós com MARAVILHAS, PRODÍGIOS e SINAIS, que Deus por ele fez no meio de vós, como vós mesmos bem sabeis”
·      O quarto termo, “OBRAS”, consta em outras passagens bíblicas conforme veremos.
·      (1) – MARAVILHA = “TERAS” - Significa algo extraordinário, estranho, fora do co­mum. A maravilha, pois, apela à imaginação do homem, falando do poder sobrenatural de Jesus.
·      (2) – PRODÍGIO = “DUNAMIS” - Significa poder real. O milagre tipo prodígio de­monstra o poder de Deus, e apela à nossa admiração, pasmo, reverên­cia. É o exercício do poder divino na esfera deste mundo humano e natural.
·      (3) – SINAL = “SEMEION” - Significa marca, prova. O milagre com este nome é um meio autenticador divino e apela à nossa razão. Como sinal fala do reino espiritual superior de Deus, cujas verdades são simboliza­das por  estes  sinais  reveladores. Portanto, este termo destaca o as­pecto teológico e doutrinário do mi­lagre divino.
·      O Evangelho de João - O Evangelho do Filho de Deus -, sem­pre chama os milagres de Jesus de sinais, isto é, provas da Sua divinda­de e da obra divina que Ele veio rea­lizar.
·      (4) – OBRAS = “ERGA” - Jo 5.20; 7.3; 10.25; 15.24 - "Erga" vem de "ergon" que signifi­ca obra, trabalho, produto, opera­ção. Este termo aplicado por Jesus aos Seus milagres, fala deles como parte da Sua obra redentora em favor do homem, testemunhando ao mesmo tempo dEle como o enviado do Pai.
III - O PODER DE JESUS SOBRE A NATUREZA:
·      Mc 4:35-41 - As rajadas de vento que sobrevêm ao Lago da Galiléia são frequentemente súbitas e fortes. Quando isto aconteceu aos discípulos, eles devem ter posto em ação toda a sua perícia e começaram a tirar a água do barco com todas as vasilhas que encontraram, o mais depressa possível. Porém, ainda assim, as altas ondas e o vento os levaram às raias do desastre.
·      ONDE JESUS ESTAVA? - Lá atrás, na popa do barco, dormindo, enquanto tudo aquilo acontecia!
·      Mateus e Lucas amenizam o grito dos discípulos, de forma que não parece que eles estão repreendendo Jesus (Mt 8:25; Lc 8:24).
·      Mas a narrativa de Marcos apresenta os discípulos se queixando. Parafraseando-os: - Ó Senhor, nem se importa quando estamos a ponto de naufragar?”. Esse é um grito de medo, de irritação, talvez até de ira.
·      O tempo usado para as palavras DORMINDO e o verbo LEVANTANDO-SE, ordinariamente, denota ação duradoura, querendo dizer que Jesus estava dormindo tão tranquilo, que eles tiveram dificuldades em despertá-Lo.
·      Levantando-se, Jesus REPREENDEU O VENTO. Ele falou também ao mar: - “CALA-TE, AQUIETA-TE” - Mais literalmente (embora menos suave), estas palavras poderiam ser assim traduzidas: “PAREM COM ESSE BARULHO! SEJAM COMO SE ESTIVESSEM AMORDAÇADOS!”.
·      As palavras REPREENDEU e AMORDAÇADOS são os mesmos verbos usados para descrever a expulsão de um demônio por Jesus (Mc 1:25).
·      Ao comando de Jesus, o vento cessou e a calma se espalhou sobre o mar!
·      “POR QUE SOIS ASSIM TÍMIDOS? AINDA NÃO TENDES FÉ? - Mc 4:40 - A calma de Jesus em dormir enquanto o bote estava sendo coberto pelas ondas, estabelece agudo contraste com o medo e a pouca fé dos discípulos.
·      Através dos séculos, os cristãos têm aplicado legitimamente esta história aos perigos e crises da vida, obtendo dela a certeza de que Cristo pode nos livrar das tempestades da vida.
·      Em seguida ao milagre, eles começaram a perguntar-se mutuamente quem era Jesus. Para eles, aquela maravilha estava abrindo as suas mentes para a verdade de que Jesus era o Cristo e, como eles finalmente iriam reconhecê-Lo: O SENHOR DE TUDO.
IV - O PODER DE JESUS SOBRE OS DEMÔNIOS:
·      Mc 1:21-28 - O poder e a autoridade espiri­tual manifestos pela presença e pela fala do Senhor Jesus inquietaram os demônios.
·      Devido o vazio espiritual do povo judeu da época, os demônios estavam muito ativos entre eles.
·      Em Lucas 11, Jesus após ensi­nar sobre a necessidade de se estar cheio do Espírito Santo (Lc 11.13), mostrou imediatamente o perigo de se estar vazio dEle (Lc 11.24-26).
·      Não basta a "casa" estar limpa, suprida e arrumada, como vemos em Lc 11.25; é preciso que ela esteja to­talmente ocupada pelo Espírito Santo.
·      (1) - JESUS INQUIETA OS DEMÔNIOS - Mc 1.23, 24 - Talvez ninguém pen­sasse que um endemoninhado estivesse ali no culto.
·      Em nossos dias, há mais endemoninhados do que se pensa! É que às vezes o discerni­mento e o poder do Espírito não es­tão operando no ambiente para de­tectá-los. Jesus logo discerniu que se tratava de um demônio.
·      "QUE TEMOS NÓS CONTIGO?" – Mc 1:24 - Por aqui, vemos que havia mais de um demônio naquele homem. Ele fala­va em nome dos demais que ali estavam, pois usou o pronome "nós". Que situação miserá­vel a daquele homem! Imaginemos se Jesus não estivesse presente! Mas Ele estava e libertou o escravo.
·      Hoje, Jesus quer estar entre o povo e vê-lo vivendo em santidade, para que se cumpra o que Ele mes­mo declarou: "Em meu nome ex­pulsarão demônios" (Mc 16.17).
·      Je­sus veio a este mundo para destruir as obras do Diabo, e uma delas é o demonismo que hoje escravisa tanta gente.
·      (2) – JESUS EXPULSA O DEMÔNIO - Mc 1.25-28 - Jesus, quando entre os homens, era e é Poderoso, não somente em palavras, mas em obras – Mc 1:22; Lc 24.19. 
·      A DIFERENÇA - Mc 1.25 - Jesus sabia distinguir entre o homem e o demônio que nele agia. Com poder, Jesus re­preendeu o demônio, não o homem. É preciso discernimento do Espírito nesse campo. Um dos dons que o Espírito quer repartir à Igreja tem a ver com isso - l Co 12.10.
·      (3) - O RESULTADO DO MILAGRE - Mc 1.28 – “A fama de Jesus espalhou-se” - Num instante os fatos daquela manhã tomaram conta não só da cidade, mas de toda a Galiléia. Perdeu muito quem não foi ao culto naquele dia!
V - O PODER DE JESUS SOBRE AS DOENÇAS:
·      Mc 1:29-31 – Jesus, ao sair da sinagoga naque­la manhã, foi para a casa de Simão Pedro, ali mesmo em Cafarnaum (Lc 4.38). Pedro, antes, mo­rava em Betsaida, não muito longe dali; depois da chamada para seguir a Cristo, certamente mu­dou-se para Cafarnaum, onde Jesus residia (Mt 4.13; 9.1).
·      Presume-se que Jesus chegou à casa de Pedro por volta de meio-dia, porque após a cura da sua sogra, esta passou a ser­vir-lhes uma refeição, que seria o almoço (Mc 1:31).
·      (1) – JESUS VISITA UMA LAR NECESSITADO – Mc 1:29 - Sempre que Jesus faz uma visita é para fazer o bem. Jesus quer visitar cada lar para abençoá-lo. Muitos perdem a bên­ção da visita de Jesus.
·      (2) – JESUS OUVE E ATENDE UM PEDIDO URGENTE – Mc 1:30-31 - O pedi­do era dos discípulos em favor da sogra de Pedro que estava acamada, com febre alta.
·      (3) – SERVINDO A JESUS POR GRATIDÃO – Mc 1:31 - A cura da mulher foi instantânea. Jesus além de curá-la da febre, também restaurou suas forças, pois a febre sempre debilita muito o paciente. A mulher era tan­to diligente no trabalho como tinha prazer em servir.



VI – O PODER DE JESUS SOBRE A MORTE:
·      O homem moderno tenta desesperadamente escapar da morte. Mas, apesar de todos os tratamentos disponíveis, incluindo o rejuvenescimento e renovação celular, o homem ainda não conseguiu vencê-la. Somente um conseguiu isso: JESUS CRISTO! (Hb 2:14-15; Jo 8:51; 11:25).
·      Lc 7:11-18 - A íntima compaixão de Jesus levou-O a operar um milagre sem ser rogado. Às vezes nos falta o ânimo para pedir uma intervenção divina que nos parece impossível e, contudo, Deus responde aos nossos desejos quando não ousamos pedir.
·      Jesus tocou o esquife. Sua intenção foi corretamente entendida pelos carregadores, porque pararam. Segue-se então a palavra de autoridade. Jesus falava em seu próprio nome: MANCEBO, A TI TE DIGO: LEVANTA-TE. O Príncipe da Vida possuía autoridade para ordenar ao jovem o retorno à vida.
·      O toque de Jesus simbolizava o Seu poder em impedir o triunfo da morte. A vida encontrara-se com a morte; a procissão fúnebre tinha de parar.  Nem a própria morte pode resistir-Lhe. Jesus tem poder de interferir em nossas catástrofes, nas tragédias da vida e dar-nos vitória, onde tudo parecer perdido! Ele manda na morte, pois É SENHOR DOS MORTOS E DOS VIVOS! (Ex 3:6 cf Rm 14:8)
VII – A COMPAIXÃO DO SE­NHOR:
·      (Mc 1.32-34) – Agora já era chegada a tarde da­quele mesmo dia – UM DIA DE MILAGRES.
·      O lar que acolhera Jesus passou a ser o lo­cal de concentração dos que busca­vam a Ele. O povo estava convicto de que o poder de Jesus era efi­caz.
·      Aquele foi um grande dia de mi­lagres realizados por Jesus. Esse dia ainda não passou, pois Jesus é o mesmo. Ele quer fazer milagres em nosso meio, sabendo nós que o maior deles é a conversão do perdido pecador.
VIII – O PORTADOR DOS DONS DE CURA E OPERAÇÃO DE MARAVILHAS:
·      Aqueles que, pela graça de Deus, são portadores destes dons devem ter humildade e direção, porquanto não somos nós quem usamos o Espírito Santo; Ele nos usa de acordo com a Sua soberana vontade - Is 42:8; 48:11; At 3:12; 14:13-15 cf Ef 3:20; I Jo 5:14.
·      Os sinais, maravilhas e milagres, resultam em:
·      (A) - GLORIFICAR O NOME DE JESUS (Sl 62:11; 89:5; 150:2; Jo 2:11; 10:38; I Cor 4:20);
·      (B) - EXPANDIR O REINO DE DEUS, pois...:
·      (B.1) - Confirmam a palavra pregada (Mc 16:16-18; Hb 2:3-4);
·      (B.2) - Expressam o amor compassivo de Cristo (At 10:38; Mc 8:2; Lc 7:13-15);
·      (B.3) - Comprovam a divindade de Cristo (Jo 20:30-31);
·      (B.4) - Atraem as almas para Deus (Jo 7:31; At 19:11-20); e
·      (B.5) - Trazem salvação (At 4:4; 5:12-14; 9:36-43); 
·      (C) - FORTALECEM A FÉ DO POVO DE DEUS (Nm 13:20; Jr 32:17; Mt 19:26; Lc 1:37; Jo 14:12-14; II Cor 4:13)
IX – CONSIDERAÇÕES FINAIS:
·      Hb.13.8 - Deus não muda, nem se aposentou. 
·      Em Seu ministério terreno, o Senhor Jesus se apresentou aos homens como o Médico por excelência: Curou toda sorte de doenças e enfermidades e foi além, fazendo o que nenhum médico seria capaz de fazer: RESSUSCITAR MORTOS! 
·      Jesus curou sem fazer qualquer exame prévio. Não enviou Seus clientes a qualquer laboratório. Nunca pediu prazo para operar a cura. Nunca tomou muito tempo de qualquer doente. Nunca ordenou que voltassem mais tarde. Não lhe importava a gravidade da doença ou o tempo que atacava o doente. Ele curava com um toque, com um gesto, com uma palavra. Por isso, merece e sempre será chamado de O MÉDICO dos médicos. 
·      É NECESSÁRIO CRER NÃO APENAS NO MILAGRE, MAS NAQUELE QUE REALIZA MILAGRES!

FONTES DE CONSULTA:
1.         Lições Bíblicas – CPAD – 4º Trimestre de 1982 – Comentarista: Geziel Gomes
2.         Lições Bíblicas – CPAD – 2º Trimestre de 1985 – Comentarista: Antônio Gilberto
3.         Jesus Continua Sendo Maior – Obra Missionária Chamada da Meia-Noite – Wim Malgo
4.         Espada Cortante Volume Um - CPAD - Autor: Orlando S. Boyer

domingo, 19 de dezembro de 2010

Se o Meu Povo Orar

por pastor Geraldo Carneiro Filho

I – INTRODUÇÃO: 

· Jn 2.1-10 – Jonas foi um profeta muito diferente; não ficou conhecido pela sua mensagem, mas, sim, pela sua experiência. Qual o papel da oração (ou da falta dela) na experiência deste profeta de Deus? Quando ele deixou de orar, houve Rebeldia, Queda, Insensibilidade, Sofrimento. Mas.... 

· ... QUANDO JONAS OROU... - Foi ouvido, Foi ajudado, Foi transformado, Foi salvo. 

· DEUS QUER OUVIR NOSSA ORAÇÃO! AQUELE QUE GOVERNA O CÉU, A TERRA E O MAR NÃO SE ESQUECEU DE NENHUM DE NÓS! 

II – SE O MEU POVO NÃO ORAR... 

· Ex 34:15-16; Dt 18:9-12 cf I Rs 16:29-33 – Eis aí alguns dos males da cultura cananita sobre os quais Deus já havia alertado ao povo de Israel. 

· Tomando como base a passagem bíblica do profeta Elias versus os profetas de Baal, podemos observar que a situação de Israel era calamitosa. O povo de Israel não orava: às vezes seguia a Baal; outras vezes, a Jeová. Da mesma forma, se o povo de Deus não orar, o mesmo que aconteceu naquele período de crise, poderá vir sobre o arraial do povo santo do Senhor. Observemos, o que nos diz o Senhor: 

1) SE O MEU POVO NÃO ORAR, POLITICAMENTE, A SITUAÇÃO SERÁ ASSUSTADORA – O rei era Acabe, um dos reis mais ímpios; ele reinou durante 21 anos (918-897 a. C.); sua esposa era Jezabel, a mulher mais ímpia da história israelita. Como rainha, ela tomava parte ativa ao lado de Acabe, conduzindo o rei aos maiores absurdos, era uma pessoa desumana, dominadora, que exerceu uma influência poderosa sobre Acabe e sobre a nação. Ela mandou construir um templo para Baal em Samaria e sustentava um grande número de profetas de Baal e de Asera para praticar e promover essa religião. Ela também matou um grande número dos profetas do Senhor (veja I Reis 16:32; 18:4 e 19). 

· A adoração de Baal era extremamente sedutora para Israel. A fim de estimular os deuses a tornar a terra fértil, os sacerdotes, os prostitutos cultuais dos dois sexos e os adoradores tomavam parte em orgias sexuais, depois de entrar em um frenesi extático por meio de vinho e danças. Israel, como uma sociedade agrícola, achava necessário seguir as práticas das nações vizinhas para garantir colheitas abundantes. 

2) SE O MEU POVO NÃO ORAR, SOCIALMENTE, O PAÍS VIVERÁ NUM CLIME DE CATÁSTROFE - Por causa da seca, não havia lavoura e o povo vivia em miséria, em extrema fome. A viúva que sustentou Elias estava para preparar o último pão para si e para o seu filho e, depois, morrerem. 

3) SE O MEU POVO NÃO ORAR, ESPIRITUALMENTE, A SITUAÇÃO FICARÁ ESCURÍSSIMA – Meditemos: 



(A) - A rainha Jezabel era a protetora oficial da idolatria no país; 

(B) O povo israelita coxeava entre dois pensamentos e, como cego, rumava, sem nenhuma resistência à idolatria; 

(C) Os fiéis eram perseguidos e Jezabel mandava matar todos os profetas de Deus que encontrava (I Rs 18:4) 

(D) Havia ainda 7000 no meio do povo, que não tinham dobrado os seus joelhos perante Baal (I Rs 19:18). Todavia viviam escondidos, sem forças para impor alguma influência espiritual sobre o povo. 

III – PORÉM, SE O MEU POVO ORAR... 

· Na situação acima descrita, Deus começou a agir, mandando um despertamento. 

· ANTES DO SENHOR DEUS COMEÇAR A AGIR, O ALTAR PRECISA SER RESTAURADO - O fogo do céu só cai se o altar estiver perfeito para oferecer-se sacrifícios pelos pecados do povo. 

· A ORAÇÃO DE ELIAS FOI A CHAVE QUE FEZ O SENHOR DEUS ABRIR O CÉU PARA O FOGO DESCER - Quando tudo estiver em ordem na nossa vida, teremos confiança e ousadia para pedir que Deus mande o despertamento (I Rs 18:37 cf Zc 10:1 cf At 2:1-4). 

· Desta forma, assim diz o Senhor: 

1. SE O MEU POVO ORAR, COMEÇAREI A USAR INSTRUMENTO OBEDIENTE - (I Rs 18:1-2, 8, 15-19) - Deus sempre precisa de instrumentos dispostos a se entregar a Ele para o bem espiritual do povo. 

2. SE O MEU POVO ORAR, FAREI MANIFESTAR A ABSOLUTA INSUFICIÊNCIA E INCAPACIDADE DE “BAAL”, DE “ASERÁ”, DOS SEUS SACERDOTES, DO REI ACABE E DA RAINHA JEZABEL - A obediência de Elias abriu a oportunidade para o povo conhecer que nenhum deles podia atendê-lo em nada. Eram totalmente incapazes. Quando o povo de Deus ora, o Senhor começa a agir, abre-se a mente do povo, que começa a compreender a fraqueza e a insuficiência dos seus “deuses” e começa a sentir sede do Deus vivo (Sl 42:1-2). 

3. SE O MEU POVO ORAR, SABERÁ QUE SÓ EU, O SENHOR, SOU DEUS E NÃO PRECISO DE AJUDA HUMANA PARA MANDAR FOGO DIVINO - Quando o sacrifício e a lenha estavam em cima do altar, Elias mandou deitar água de modo que esta corria ao redor do altar. Hoje em dia, aparecem muitos que querem “ajudar a Deus” para uma manifestação mais rápida do fogo do céu. Isso faz aparecer fogo estranho, pois o fogo quando é de Deus, independe de ajuda humana. QUANDO O FOGO DESCEU, O POVO FOI DESPERTADO E RECONHECEU QUE SÓ O SENHOR É DEUS. 

4. SE O MEU POVO ORAR, EU CONSUMIREI O SACRIFÍCIO COM FOGO - Deus havia aceitado a oferta pelo pecado do povo. 

1. SE O MEU POVO ORAR, O MEU FOGO FARÁ O MEU POVO MUDAR DE OPINIÃO - (I Rs 18:39 cf At 2:37) - Só quando o fogo do Senhor Deus se faz presente é que os pecados ocultos aparecem! 

2. SE O MEU POVO ORAR, O MEU FOGO DARÁ FORÇAS AO MEU POVO PARA QUE A IDOLATRIA SEJA EXTERMINADA - Foi o próprio povo quem executou o castigo de Deus sobre a idolatria, conforme o Senhor Deus determinou na Sua Lei (Ex 22:18; Dt 18:9-14). 

IV – CONSIDERAÇÕES FINAIS: 

· I Rs 18:41-46 - O dia emocionante ainda não havia terminado: Elias orou sete vezes sob um céu sem nuvens! Sua fé se apegou aos atos passados de Deus – a seca, o fogo, a promessa de trazer chuva (18:1). A fé se alimenta das lembranças do guiar de Deus no passado. Uma pequena nuvem foi suficiente para convencer Elias de que um dilúvio estava vindo. Apesar do jejum de um dia inteiro, Elias correu com força sobre-humana para guiar a carruagem de Acabe através da chuva. 

· II Cr 7:13-14 - Existe uma chave para destrancar os céus, mas o povo não a conhece, porque seus líderes deixaram de ensinar-lhes: O mais poderoso recurso do cristão é a comunhão com Deus pela oração. Os resultados costumam ser maiores do que achamos possível. 

· Se orarmos, reconheceremos que o poder de Deus é infinitamente maior que o nosso e que faz muito sentido contar com ele, especialmente porque Deus nos encoraja a fazê-lo. 



FONTES DE CONSULTA: 

1. Lições Bíblicas - CPAD - 3º Trimestre de 1981 - Comentarista: Eurico Bergstén 

2. Dicionário Bíblico Universal - Editora Vida - A. R. Buckland 

3. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia - Editora e Distribuidora Candeia - R. N. Champlin e João M. Bentes. 

4. Estudo Bíblico “UMA ORAÇÃO NO FUNDO DO MAR” - Pr. Marcelo Rodrigues de Aguiar 




segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Quando o Crente Não Ora.


Por pastor Geraldo Carneiro Filho


I – INTRODUÇÃO:
· “FINDAM AQUI AS ORAÇÕES DE DAVI, FILHO DE JESSÉ” – Sl 72:20 – Há momentos onde parece que as orações chegam ao fim. No caso de Davi, cessaram porque ele morrera. Mas, muitas coisas existem aqui na terra que colaboram para que nossas orações se interrompam ou cessem.

II – MOTIVOS QUE FAZEM A ORAÇÃO CESSAR: 

· (1) – QUANDO, EM NOSSO CORAÇÃO, ESTÃO PRESENTES AS MENTIRAS, AS FRAUDES, O ÓDIO – Sl 109:1-7 – Não adianta estarmos cheios de ódio para com o nosso irmão e irmos para a reunião de oração louvarmos a Deus. Vamos à reunião, mas para buscarmos solução par tal sentimento. Se estamos vivendo uma vida de mentiras, vamos à oração e peçamos para Deus trazer consciência ao nosso coração, pois de outra maneira, nossa oração é afronta a Deus.

· (2) – QUANDO TEMOS UMA OSTENSIVA ATITUDE DE DESOBEDIÊNCIA À LEI DE DEUS – Pv 28:9 – A oração daquele que, deliberadamente, desobedece à Palavra, se torna abominável. Existem pessoas que adulteram, sabendo que estão fazendo algo que a Bíblia recrimina; ao invés de procurarem auxílio, aconselhamento, preferem vestir uma “capa” religiosa na Igreja. Estas orações são abomináveis a Deus.

· (3) – QUANDO A ORAÇÃO NÃO É ORAÇÃO, MAS APENAS UM DESEMPENHO DE SANTIDADE APARENTE – Mt 6:5-6 – Há pessoas que ensaiam orações, que programam como vão falar. Isso não é oração; é um desempenho.

· (4) – QUANDO A ORAÇÃO É APENAS UM FALAR MECÂNICO – Mt 6:7-8 – Um certo crente costumava acordar às 5 horas com sua esposa para orar. Era tão bom, que resolveu ampliar o costume para toda a família. Os rapazes e moças acordavam para este momento, mas nem todos estavam imbuídos do desejo de orar, alguns preferindo continuar na cama. Numa bela manhã, o telefone tocou bem perto de um daqueles que estavam ali apenas no corpo, mas com a mente longe. Ele, mecanicamente, pegou o telefone e, ao invés de dizer: “Alô?”, disse: “Nosso Deus, nosso Pai...”. A ORAÇÃO TEM QUE SER ESPONTÂNEA!

· (5) – QUANDO A RELAÇÃO FAMILIAR PROMOVE A DISCÓRDIA – I Pe 3:7 – Há maridos que batem nas esposas, que são ríspidos e indiferentes com os filhos, ou então, há esposas lamuriosas, depressivas, opressoras dos seus maridos e filhos. Nesses lares, a oração é interrompida.

· (6) – QUANDO A VIDA ESTÁ DOMINADA PELA IMPUREZA – I Pe 4:3, 7 – Há homens e mulheres que se dizem servos de Deus, que são pastores ou líderes, mas que, na verdade, usam de sua influência objetivando satisfazer seus próprios prazeres. A Palavra diz que o fim destas coisas está próximo e que devemos ser criteriosos pelo bem das nossas orações.

· (7) – QUANDO HÁ CULPA NO CORAÇÃO – Sl 51:3 – Há pessoas que vivem inventando mentiras e depois não sabem como se livrar delas. Toda vez que vão orar, o diabo lança-lhes em rosto: “Você é um (a) mentiroso (a), enganador (a)”. E assim, não conseguem nem se abrir para Deus e pedir-Lhe ajuda. O diabo quer usar nossas culpas para cessar nossas orações. Porém, com culpa ou sem ela, devemos orar sempre.

III – CONSEQUENCIA DE NÃO VIGIAR: 

· (1) - QUANDO NÃO VIGIAMOS, SOMOS ENGANADOS - Js 9:1-16 – A perfeita vontade de Deus era que o povo eleito tomasse posse da terra prometida na sua totalidade. Isso somente seria possível através da destruição total das sete nações ali existente. Todas elas são descritas com o prefixo “EU” – Js 3:10. Entretanto, isso não aconteceu, pelo menos na prática.

· Js 9:4, 22 – Os gibeonitas visaram expressamente prejudicar o povo de Deus, levando-o à desobediência (Dt 7:1-5). Com efeito, houve desobediência dos dois lados: Os gibeonitas enganaram usando a astúcia; os israelitas porque não pediram conselho à boca do Senhor, em especial ao sumo-sacerdote Eleazar (Js 9:14; Nm 27:21).

· Entre nós, há também os gibeonitas atuais. São:

· (A) – OS FALSOS IRMÃOS – II Cor 11:26;

· (B) – NO MINISTÉRIO, SÃO OS LOBOS CRUÉIS E OS OBREIROS FRAUDULENTOS – At 20:29; II Cor 11:13.

· Essa gente nunca está satisfeita com coisa alguma. Estão sempre do lado dos “RACHADORES” (Js 9:21), que procuram rachar o corpo do nosso Senhor Jesus Cristo, que é a Sua Igreja – Cl 2:19; Jd 19.

·

· (2) – QUANDO NÃO VIGIAMOS, O ENGANO SE ALASTRA – I Tm 4:1 – Estamos vivendo dias perigosos em que o mundo está invadido de espíritos enganadores e doutrinas de demônios. Isso tem tornado as coisas tão parecidas que, não for um discernimento do Espírito Santo em nossa visualização de aquilatar as coisas de Deus e os movimentos paralelos, seremos enganados também (Mt 24:5, 11).

Uma vez por outra, aparece um Jacó disfarçado de Esaú – Gn 27:18-24

O disfarce pode ser praticado por pessoas de ambos os sexos e idade. Por exemplo:

(A) – PODE SER UM SENHOR JÁ IDOSO – Gn 12:10-20;

(B) – PODE SER UMA MULHER JOVEM – Gn 38:14;

(C) – PODE SER UM SERVO – II Rs 5:20-27;

(D) – PODE SER UM REI – I Sm 21:13;

(E) – PODE SER UMA RAINHA – I Rs 14:1-6;

(F) – PODE SER UM PRÍNCIPE – II Sm 12:1-5;

(G) – PODE SER UMA PRINCESA – I Sm 19:12-17;

(H) – PODE SER UM CRENTE, EM SENTIDO GERAL – At 5:1-10;

(I) – PODE SER UM OBREIRO – Lc 22:48

Entretanto, o engano não traz à criatura humana nenhuma recompensa. Quem engana, sempre é enganado – II Tm 3:13

(3) – QUANDO NÃO VIGIAMOS, SEREMOS ENGANADOS PELA FALSA HUMILDADE – Js 9:13 – Vejamos algumas características com respeito à falsa atuação dos gibeonitas:

· (A) – FINGIRAM PROPÓSITOS PACÍFICOS, OFERENCENDO ALIANÇA – Js 9:6;

· (B) – FINGIRAM SUBMISSÃO – Js 9:8;

(C) – FINGIRAM PIEDADE – Js 9:9

O apóstolo Paulo falou-nos de pessoas que tem quase as mesmas características em nossos dias, dizendo: - “Tendo a aparência de piedade, mas negando a eficácia dela” – II Tm 3:15. E concluiu: - “Confessam que conhecem a Deus, mas negam-no com as obras” – Tt 1:16a.

A falsa capa da religião não assegura entrada no reino de Cristo, mas, sim, o branquejar das vestes no sangue do Cordeiro! – Apc 22:14.

QUANDO NÃO VIGIAMOS, OS INIMIGOS PASSAM A CONVIVER CONOSCO – Js 9:22 – A partir daí, Israel passou a conviver com um “corpo estranho” no seio da comunidade. Nos dias pós-cativeiro, esta mistura ainda continuava convivendo com Israel – Ed 2:70; Ne 7:73.

Em conseqüência de sua precipitação, fizeram os israelitas uma comprometedora aliança com os moradores de Gibeon. E, desta aliança, advieram males e transtornos para o povo de Israel.

De igual modo, se não vigiarmos, poderemos cair nas mesmas ciladas. E, comprometidos, espiritual e socialmente, não seremos capazes de desempenhar com dignidade o ministério que nos confiou o Todo-Poderoso.

Os gibeonitas continuam a semear enganos e embustes no arraial dos santos. São embustes e enganos tão sutis que somente poderão ser discernidos por aqueles que se mantém ligados ao céu. Vigiemos, pois.

IV - CONSIDERAÇÕES FINAIS
:

O cristão que não ora, pensa que pode resolver tudo sozinho, como tomar decisões, comprar, vender; etc, tornando-se independente de Deus. Mas, lembremo-nos: O erro de Israel foi que “NÃO PEDIU CONSELHO À BOCA DO SENHOR”. É perigoso agir apressadamente e chegar a uma decisão sem ter tempo para orar e esperar em Deus.

George Müller foi consultado por um homem que recebera a oferta de um negócio que prometia grandes lucros: - “Preciso dar uma resposta dentro de uma hora”, disse o homem. O Sr. Müller respondeu: - “ENTÃO A RESPOSTA É NÃO, POIS AQUILO QUE NÃO DEIXA TEMPO PARA ORAÇÃO, NÃO PODE ESTAR CERTO”.

Portanto, nada façamos sem oração. Em primeiro lugar, consultemos o Senhor. Se Ele disser sim, que seja sim. Mas, se a resposta for negativa, sejamos obedientes para que não soframos as conseqüências de nossa precipitação e imprudência.



FONTES DE CONSULTA:

 Lições Bíblicas CPAD – 1º trimestre de 1992 – Comentarista: Severino Pedro da Silva

· Fábio, Caio – 70 Esboços de A a Z – Vinde Comunicações